O grande entusiasmo por parte da oposição teve apenas um curto período de tempo, o que foi menos de um dia. Subiram a hashtag questionando quem se encontrava na casa 58, insinuando que o presidente era mesmo quem mandou que a vereadora Marielle Franco fosse morta.
Num tempo inferior a 24 horas tudo girou. O que estava parecendo ser falso desde o início se mostrou mesmo uma farsa, uma enorme mentira. O que acontece é que o porteiro emitiu uma falsa história. Faltou lógica para o enrendo, faltou motivo e evidência.
Mesmo assim o Jornal Nacional tomou a decisão de seguir em frente com a reportagem, o que pode até ser compreensível por causa da vontade do “furo”, ainda mais quando se trata de um presidente e um assassinato que causou muita comoção em âmbito nacional – em boa parte incentivada pela própria emissora Globo.
Contudo, era melhor que fosse escolhida uma maior prudência. Um dia a mais aguardando poderia até ter deixado em risco o “furo”, porém, seria algo suficiente para que fosse desmontada toda a narrativa do porteiro. E teria evitado que acontecesse bastante desgaste, muito barulho e muita fúria. Em frente ao potencial estrago duma notícia de tal porte, era necessário que houvesse uma cautela a mais. Pode ser que o viés ideológico tenha se sobressaído na “voz”.
O presidente saiu fortalecido dessa narrativa toda. O brasileiro em si se amarra numa vítima, e Jair Bolsonaro foi levado como alvo de uma perseguição política, ou, em outras palavras, de uma armação. Sua militância que opta por um lado mais radical ficou mais agitado, declarando guerra contra a mídia. Os moderados, por sua vez, tomaram o lado do presidente, porque perceberam todo o oportunismo da esquerda mediante o caso.
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