Durante os últimos dias, o Chile tem passado por momentos de grande instabilidade. Com protestos populares e retaliações por parte da polícia, o presidente Sebastián Piñera está sendo alvo de uma série de manifestações que tem o objetivo de afastar o governante do cargo.
Por conta desses acontecimentos, o governo chileno e a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) se reuniram para discutir se Santiago está em condições de receber a final da Libertadores, marcada para o dia 23 de novembro, com partida única entre River Plate-ARG e Flamengo.
Em entrevista coletiva, a ministra de esportes do Chile, Cecília Pérez, anunciou em que o país reúne condições para a realização do evento e que é uma boa oportunidade para promover a união.
"Afirmamos nossa firme vontade e compromisso de realizar esta final. O governo nos deu total apoio para realizar a final da Libertadores em Santiago. O Ministério do Interior se encarregará de coordenar a segurança, para que seja uma festa esportiva que faça bem para o país. Vamos trabalhar para levar adiante esse encontro esportivo tão importante", disse Pérez, que completou: "O futebol pode ser uma boa chance para unir".
Com mais de um milhão de pessoas nas ruas, o Chile vive a maior série de manifestações desde a ditadura de Pinochet, que teve fim no ano de 1990. Santiago também sofre com cancelamento de voos e de grandes eventos esportivos e políticos, como a Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), prevista para acontecer entre os dias 11 e 17 de novembro e a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2019 (COP 25), que seria realizada entre 6 e 13 de dezembro.
Apesar de todos esses eventos serem cancelados por falta de segurança, a ministra Cecília Pérez acredita que o Ministério do Interior terá condições de coordenar uma segurança reforçada para sediar a final do maior torneio de clubes da América do Sul.
Do Portal Galáticos Online
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