O servidor público Frederico Alexandre do Carmo Souza, de 46 anos, morador de Santaluz, na região sisaleira da Bahia, caiu em um golpe financeiro aplicado via WhatsApp. ‘Fredão’, como é conhecido, conta que no dia 19 de outubro desse ano recebeu uma mensagem de texto supostamente enviada por um amigo, que pedia um empréstimo no valor de R$ 960.
“Ele se passou pelo meu amigo solicitando que eu depositasse o dinheiro na conta de alguém, alegando que o seu limite diário de transferência havia excedido. Me disse que devolveria o dinheiro no mesmo dia. Como fazemos parte de um grupo de ciclismo e estamos fazendo uma compra de uniformes, não suspeitei, pois achei que se tratava disso, e prontamente fiz o que ele pediu”, conta Frederico.
Somente depois de ter feito um depósito bancário para uma agência da Caixa Econômica Federal de Mongaguá/SP (2158) Frederico descobriu que, na verdade, a conta do WhatsApp do amigo havia sido clonada.
“O criminoso usou o mesmo número clonado para tentar aplicar o golpe em outros colegas nossos. Descobri que tinha sido vítima de um golpe apenas quando um colega fez um alerta num grupo de WhatsApp, afirmando que a conta do nosso amigo no mensageiro havia sido clonada e que alguém estava pedindo dinheiro em nome dele. Várias pessoas receberam a mesma mensagem. Inclusive, teve um colega nosso que só não transferiu R$ 600 para o criminoso porque o aplicativo da conta bancária travou no momento da transação”, diz Frederico, revelando que entrou em contato com o falsário, mas o criminoso não respondeu e ainda apagou todas as mensagens que tinha enviado anteriormente.
Pagando o mal com o bem
Quando alguém nos faz mal, é comum termos a vontade de ‘pagar na mesma moeda’. Mas Frederico decidiu agir de maneira bem diferente e virou exemplo de honestidade ao realizar uma boa ação.
No último sábado (26), uma semana após ter sofrido o golpe financeiro que levou o equivalente a seu salário de servidor público, ele encontrou R$ 300 reais em uma agência do Bradesco.
“Entrei no banco e percebi que um dos caixas eletrônicos estava contando cédulas. De repente, a máquina liberou trezentos reais. Guardei o dinheiro, pois não sabia de quem era e, por ser um sábado, não havia expediente bancário para que eu pudesse relatar o caso a algum funcionário”, conta.
Na manhã desta terça-feira (29), Frederico retornou à agência e contou a história ao gerente e identificou o dono do dinheiro. “Ele disse que é um senhor que mora na cidade de Valente. O gerente entrou em contato com ele e depositamos o dinheiro na sua conta bancária. Talvez para muito que passaram pela situação que passei uns dias antes, e com contas para pagar, seria uma oportunidade de compensar parte do prejuízo do golpe, porém eu jamais me igualaria a um ladrão. Se eu precisava do dinheiro que me roubaram, aquele senhor que perdeu os trezentos reais também precisa, e o dinheiro é dele, não meu”, afirma Frederico. Agora, é chamar por Deus e recuperar o prejuízo”, conclui.
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