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O procedimento Escleroterapia Ecoguiada com Espuma, implantado de forma pioneira em Salvador em 2013 e que já beneficiou cerca de 3 mil portadores de varizes crônicas na Capital, será incorporado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo país.
A portaria da novidade foi publicada nesta terça-feira (31) pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, órgão vinculado ao Ministério da Saúde. Em Salvador, o tratamento é possível por conta de uma parceria com o Hospital São Rafael. "Incorporamos há quase quatro anos de forma inédita e com recursos financiados integralmente pelos cofres municipais, a realização da escleroterapia no intuito de oportunizar o acesso dos pacientes do sistema público de Salvador a este tipo de terapia inovadora. O tratamento é totalmente integrado aos nossos postos de saúde, onde são realizados os acompanhamentos e a colocação das meias de alta compressão para garantir a possibilidade de cura", explicou o secretário municipal da Saúde, José Antonio Rodrigues Alves.
Para ter acesso a escleroterapia com espuma em Salvador, os pacientes são triados nos postos de saúde da capital onde já fazem acompanhamento clínico. Os casos que preenchem o perfil para a realização do tratamento são encaminhados ao São Rafael, tendo prioridade aqueles que apresentam condição clínica crítica, como úlceras (feridas).
A intervenção, que substitui o procedimento cirúrgico convencional e reduz os custos com o tratamento em até 75%, dura poucos minutos e os sintomas desaparecem rapidamente. Para auxiliar na recuperação e maximizar a eficácia do procedimento, o paciente é orientado a usar uma meia de compressão por 60 dias.
“O tratamento é eficaz e de baixo custo. Não é necessária sala operatória, anestesia e internamento. Em vez de retirarmos as varizes cirurgicamente, a inativamos, sem cortes. No ambulatório, injetamos a espuma ecoguiada tratando as varizes e úlceras venosas que são responsáveis pela baixa autoestima da pessoa e até mesmo pelo afastamento do trabalho devido a dores, inchaços, inflamação e diminuição da qualidade de vida. O benefício é o retorno rápido ou imediato às atividades, com um resultado final similar a uma cirurgia”, pontua o médico angiologista Marcelo Liberato, difusor da técnica no Brasil.
Do Portal Bahia Notícias