Em entrevista a seis veículos estrangeiros nesta quinta (24), a presidente Dilma Rousseff afirmou que o ex-presidente Lula vai participar de seu governo de qualquer forma, seja como ministro ou assessor.
“Ou ele vem como ministro ou vem como assessor, de uma maneira ou de outra. Vamos trazê-lo para ajudar o governo. Não há como impedir”, disse a presidente, segundo o jornal espanhol “El País”. “Lula não é apenas um negociador talentoso, mas entende também todos os problemas do Brasil”, disse a petista.
Sobre a acusação de que nomeou Lula para livrá-lo do risco de prisão na investigação da Lava Jato em primeira instância, em Curitiba, a presidente indagou aos jornalistas: “O Supremo não é bom o suficiente para investigar Lula?”. “Vamos supor que venha ao governo para se proteger: que proteção mais esquisita, na verdade, porque um ministro não está protegido. Ao contrário, é investigado pelo Supremo Tribunal Federal. E os 11 ministros [do Supremo] não são melhores nem piores que um juiz de primeira instância. O que acontece é que Lula iria fortalecer meu governo, e os partidários do ‘quanto pior, melhor’ não querem que isso ocorra”.
Dilma voltou a negar a possibilidade de renunciar, falou em golpe e afirmou que não há base legal para a aprovação de seu impeachment pelo Congresso. “Não estou comparando o golpe aqui com os golpes militares do passado, mas isso [impeachment] seria uma ruptura da ordem democrática do Brasil”, afirmou a presidente, segundo o jornal britânico “The Guardian”.
Do Portal NS
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