Um documento
histórico, composto por centenas de cartas e fotos, revelou uma relação
estreita entre o papa João Paulo II e a filósofa americana Anna-Teresa
Tymieniecka. Ela era casada desde 1956 e mãe de três filhos. A amiga do Papa
morreu em 7 de junho de 2014, na cidade de Hanover, New Hampshire, nos Estados
Unidos, aos 91 anos.
Embora
as cartas não mostrem evidências de que o Papa tenha quebrado seus votos de
celibato, as cartas que ele trocou por 30 anos com a filósofa ficaram em
segredo durante anos.
A amizade começou
em 1973, quando Anna entrou em contato com o então cardeal Karol Wojtyla,
arcebispo da Cracóvia, para consultá-lo sobre um livro de filosofia que ele
seria o autor. Na época, Wojtyla tinha 50 anos e viajou para conhecer
Anna-Teresa e discutir sobre a publicação.
A
partir de então, os dois começaram a trocar uma série de cartas que se
prolongaria até a morte de João Paulo II. Segundo a BBC, “a princípio, as
cartas do cardeal eram formais, mas, conforme a amizade foi crescendo,
tornaram-se mais íntimas”. Além disso, desde que aceitaram trabalhar juntos em
uma versão ampliada da obra do Sumo Pontífice, Wojtyla e Anna-Teresa se
reuniram em várias ocasiões, às vezes com a presença de suas respectivas
secretárias, às vezes, sozinhos.
As
cartas sugerem que a mulher nutria profundos sentimentos por ele, e o Papa
lutava para dar sentido à amizade em termos cristãos. Em uma das cartas, datada
de setembro de 1976, o Papa escreveu: “Minha querida Teresa, recebi todas as
três cartas. Você diz estar dilacerada, mas eu não consegui achar uma resposta
às suas palavras”.
Yahoo Notícias/Crédito da Foto: AFP
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