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quinta-feira, 24 de março de 2016

Desemprego atinge 9,6 milhões no Brasil e vai ao maior nível desde 2012

O Brasil ganhou 545 mil desempregados entre os meses de novembro de 2015 e janeiro de 2016, atingiu a soma de 9,6 milhões de pessoas sem trabalho e bateu recorde de pessoas desocupadas.

Os dados estão na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (24).

Trata-se do maior valor absoluto de desempregados desde 2012, quando a pesquisa passou a ser feita pelo instituto.

Os 545 mil novos desocupados verificados nos três meses representam uma alta de 6% em relação a outubro de 2015, quando havia 9,1 milhões de desempregados no País.

Na comparação anual, o número de desempregados aumentou 42,3%, o que significa 2,9 milhões de pessoas a mais sem trabalho formal de janeiro de 2015 a janeiro deste ano.

O total de desempregados verificado no trimestre encerrado em janeiro corresponde a 9,5% dos trabalhadores — bem acima dos 9% constatados no trimestre compreendido entre agosto e outubro de 2015 (última pesquisa feita até então). Comparando os três meses encerrados em janeiro deste ano com o mesmo período de 2015, o resultado é pior: a desocupação era de 6,8% naquela época.

A população ocupada perdeu 656 mil pessoas na comparação entre o trimestre terminado em janeiro deste ano com aquele encerrado em outubro de 2015. Agora, o Brasil conta com 91,7 milhões de pessoas com trabalho formal. Na comparação anual, considerando o período entre novembro e janeiro de 2015 e de 2016, 1 milhão de pessoas perdeu o emprego, segundo o IBGE.

A diferença entre as pessoas que perderam empregos e aqueles que estão desempregados oficialmente existe porque nem todos os brasileiros demitidos continuam a procurar trabalho.

Desemprego por área
As principais retrações no nível de emprego, em janeiro de 2016 comparando com outubro de 2015, foram verificadas na indústria geral (queda de 4,1%) e em informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias profissionais e administrativas (queda de 4,9%). Por outro lado, aumentou o nível de emprego na construção — aumento de 3,3% em relação a outubro de 2015.

Na comparação anual dos trimestres encerrados em janeiro de 2015 e de 2016, houve aumentos em serviços domésticos (5,2%), transporte, armazenagem e correio (4,3%), alojamento e alimentação (4,1%) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,1%).

Na contramão, foram registraras quedas na indústria geral (-8,5%), informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (-7,7%) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-2,4%).

Seu bolso
Para aqueles brasileiros que permanecem empregados, o rendimento médio real ficou em R$ 1.939 em janeiro de 2016 — estabilidade em relação a outubro de 2015, quando a renda média real era de R$ 1.948. Em janeiro de 2015, o salário médio real estava em R$ 1.988.

Na comparação com o trimestre de agosto a outubro de 2015, apenas serviços domésticos teve aumento no rendimento médio (1,8%).

Já em relação ao mesmo trimestre de 2015, os salários tiveram o maior recuo nos seguintes grupo: transporte, armazenagem e correio (diminuição de 7,2%) e de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (queda de 5%).

Do Portal CN/Fonte:R7.com

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