A Operação Xepa - 26ª fase da Lava Jato – deflagrada nesta terça-feira (22), abre novas linhas de investigação do pagamento de propinas pelo Grupo Odebrecht em outras obras públicas, que extrapolam a Petrobras - foco inicial das investigações.
As informações são da força-tarefa dessa operação, que concedeu nesta manhã, em Curitiba, entrevista coletiva para explicar a mais nova fase dessa operação, que é um desdobramento da 23ª fase, batizada de Acarajé e que teve como foco o marqueteiro do PT, João Santana, e sua mulher, Mônica Moura.
André Luiz de Oliveira, vice-presidente do Corinthians, também conhecido como André Negão, foi levado pela Polícia Federal na manhã desta terça para prestar depoimento. Ex-cambista de jogo do bicho, chefe de gabinete de Andrés Sanchez, ex-presidente do Timão e deputado federal (PT-SP), Negão hoje não tem atuação no futebol do Corinthians, mas é o principal elo de Andrés dentro do Parque São Jorge.
Durante a coletiva, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos coordenadores da força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba, disse que a construção da Arena Corinthians foi viabilizada com o pagamento de propina pela Odebrecht. Ele disse que os rastros de repasses ilegais apareceram em planilhas apreendidas na construtora e indicam envolvimento da diretoria da Odebrecht, que cuida da gestão do contrato com o estádio do Corinthians.
Ele afirmou ainda que a lista dos destinatários dos pagamentos está em análise inicial. Ainda que neste momento o estádio tenha sido o único a aparecer na lista, o procurador disse que há indicativos de pagamentos de propinas em outros estádios da Copa, segundo “indicativos de delações que ainda estão em andamento”.
Do Portal NS, com informações do Estadão Conteúdo e GloboEsporte.com
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