Uma operação da Policia Militar da Bahia através das Companhia Independente de Policiamento Especializado na Caatinga (CIPE) e Companhia de Emprego Tático Operacional (CETO), juntamente com militares do DPM de Barrocas retirou na manhã desta quinta-feira (17) cerca de 10 famílias que ainda viviam de maneira irregular nas dependências do Conjunto Habitacional Minha Casa Minha Vida 2, no município de Barrocas.
A maioria das famílias que ocupavam o conjunto, saíram assim que tomaram conhecimento da liminar, por isso o numero bem menor, antes da decisão judicial, todas as 40 casas estavam ocupadas.
A prefeitura também cedeu um galpão para que os pertences dos morredores permaneçam em segurança até que conseguiam um local para guardar. No local existia a presença de crianças, três representantes do conselho tutelar supervisionaram as casas dando suporte, segundo informações na primeira apuração, viviam cerca de 100 crianças no local, depois da liminar o número caiu, e não se tem a informação de quantos atualmente viviam por lá.
Emocionada a Sr. Maria Anatildes, 64 anos, moradora do povoado de Riacho Grande, acompanhava a desocupação que aconteceu pacificamente, agora ele terá novamente a companhia da sua filha em sua residencia, pois a filha precisou sair da casa onde estava vivendo; "Agora ela (filha) volta pra casa, e depois vai procurar uma casa pra alugar, vi tudo isso e fiquei muito emocionada, passei alguns dias com ela e vi o sofrimento vivendo sem água, luz, banheiro e esgoto" lamentou.
Além das Caçambas, caminhonetes e carroças foram utilizadas no trasporte dos pertences das famílias. |
Eliene de Jesus Oliveira, 26 anos, mãe de Stefane de 5 anos que sofre de problemas cardíacos também diz não ter local para morar; "Não tenho pra onde ir não, daqui vamos pro galpão da prefeitura e de lá vou ficar com minha filha que vai passar por uma cirurgia, e não temos nenhuma posição de como vamos ficar" relatou.
Acompanhada da Psicóloga e uma Assistente Social, a Secretária Municipal de Assistencial Social Elielma Chagas conversou com moradores, e conseguiu três aluguel social no valor de R$ 150,00 à R$ 200,00 reais para famílias identificadas sem condição de pagar o aluguel; “O aluguel social é de 3 a 6 meses, caso o aluguel acabe e não tenha consigo estruturar a família vamos estar procurando outros meios. Nós já tínhamos vindo aqui, conversado com as famílias, procuramos as que viviam em estado de vulnerabilidade e buscamos providencias" afirmou Elielma.
Com a reintegração totalmente concluída a empresa tem até 48 horas para retomar os trabalhos e concluir as casas para então serem entregue as famílias contempladas, foi o que garantiu o Secretário Municipal de Obras e Infraestrutura José Queiroz; “Um sócio da empresa mandará um advogado da empresa, para que no prazo de 48 horas a obra seja retomada. O prazo final ainda não é certo, vamos entrar em acordo com a empresa pra definir" explicou.
Sargento Gutemberg conversa com moradores |
Antes mesmo de partirem para o Conjunto Habitacional, os militares se reuniram em frente a Igreja católica, no local o comando informou que não era necessário o emprego da força, que tudo deveria acontecer de melhor maneira possível, como acabou acontecendo.
Agora a expectativa das famílias cadastradas é tão logo poder receber a chave da casa própria, a ansiedade e a necessidade é grande, mas ao menos o temor de perder aquelo que havia conquistado através do programa Federal Minha Casa Minha Vida 2 por hora já passou.
@ Nossa Voz - Por Victor Santos / Redação
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