As movimentações políticas na Bahia continuam sendo tocadas em paralelo ao remendo eleitoral, chamado de reforma política, que está em discussão e votação no Congresso Nacional. Embora a concretização dos trajetos dependa da definição das regras do “jogo”, as sondagens e “conversas” correm.
Neste cenário começa a solidificar a saída do prefeito de Feira de Santana José Ronaldo do DEM. Entre os destinos já especulados estão o PMDB e o PR, mas o rastro mais forte deixado nos últimos dias tem outro endereço partidário: o Partido Verde (PV).
A legenda abrigou a primeira vice-prefeita do comandante do agrupamento político e prefeito de Salvador ACM Neto (DEM). Célia Sacramento terminou o mandato de vice-prefeita sem deixar saudade e saiu das fileiras verdes, mas, mesmo após Neto escolher como vice Bruno Reis do PMDB, o PV manteve-se alinhado ao prefeito e cresceu.
Em Salvador, o PV tem quatro vereadores e um deputado estadual. O presidente do partido na Bahia é o deputado federal Uldurico Júnior. Nacionalmente, é dirigido por José Luiz Penna. Embora não confirme a informação, o dirigente também não negou.
“O PV há tempos tem uma boa conversa com José Ronaldo. Nosso impulso inicial é pela qualidade da sua administração. Um político competente. Dai as conversas. Se pudermos contar com a militância dele nos nossos quadros será muito bom”.
Questionado sobre as conversas, Penna afirma que não teve. “Está para se marcar, mas ainda não teve”. De acordo com o presidente da sigla, esta não é uma informação não deve ser tratada como inverídica ou sem respaldo.
Se a migração acontecer de fato, Zé Ronaldo abocanha uma das vagas destinadas ao candidato a Senado na chapa que será encabeçada por Neto. Outras articulações dão conta de que o próprio prefeito de Salvador tem conversas abertas com o PR, hoje na base aliada de Rui Costa, para atrair o partido.
Este deslocamento, no entanto, é mais complexo. Exigiria a mudança de parlamentares da esfera federal e estadual para a legenda, entre os quais, o deputado federal Ronaldo Carletto, atualmente no PP.
Carletto não esconde o desejo de disputar uma vaga para o Senado. Pelo PP não terá espaço e estuda, em conjunto com Jonga Bacelar, a possibilidade de ingressar nas fileiras do partido da República.
Este desenho ainda é prematuro, mas em política é sempre interessante acompanhar o movimento das fumaças.
Do Portal CS
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