Foto: Luana Ribeiro/ Bahia Notícias
O presidente da Associação dos Transportadores Marítimos da Bahia (Astramab), Jacinto Chagas, revisou nesta quinta-feira (24) o número de passageiros que estava na lancha Cavalo Marinho I, que naufragou durante a travessia Mar Grande-Salvador, deixando 18 pessoas mortas.
Segundo Chagas, estavam 120 pessoas na embarcação, entre elas 116 passageiros e quatro tripulantes. Mais cedo, a Astramab havia informado que 129 pessoas estavam na lancha. Em entrevista coletiva, o presidente da associação afastou a possibilidade de mais gente estar na embarcação.
De acordo com ele, em todo embarque há um controle de passageiros que registra também os não-pagantes, como crianças de colo, idosos e policiais. Ele também negou que o barco não estivesse em condições de navegabilidade na hora do acidente. “O mar que estava hoje estava longe de outros mares que a gente já navegou em condições mais inadequadas. Quando o mar está revolto, a gente vê que não está muito seguro, a gente suspende a travessia. Na hora do acidente, com certeza, estava em condição de navegabilidade”, assegurou.
O presidente da Astramab destacou que, apesar da tragédia registrada nesta quinta, o serviço é seguro. Segundo ele, esta é a primeira vez, em 50 anos, que ocorre um acidente desta magnitude. Ainda conforme Chagas, as embarcações são vistoriadas regularmente. “Tem algumas embarcações que têm uma idade, mas são vistoriadas regularmente. Antes de passar pela Capitania dos Portos, passam por engenheiro naval, que emite um laudo e esse laudo é endossado pela Capitania. A cada ano, elas passam por vistoria regulamentar. A Capitania, quando vê que não condição de navegabilidade, impede o uso dessas embarcações”, explicou.
“A embarcação envolvida no acidente foi vistoriada recentemente. Cumpriu todas as exigências feitas pela Capitania dos Portos. Todos os coletes, conforme previsto nas normas. Todas as balsas salva-vidas, conforme previsto nas normas. Tripulação prevista nas normas”, reafirmou. O presidente da associação também disse estar “surpreso” com as reclamações feitas por sobreviventes de que a demora para chegada de socorro chegou a duas horas.
“O acidente aconteceu às 6h30. Quando eu aqui cheguei, às 7h30, não havia mais embarcação. Todas já haviam ido para lá para prestar atendimento. Essa coisa das duas horas me causa surpresa”, contestou. Ainda segundo Chagas, a travessia está suspensa por tempo indefinido, até liberação da Agerba para retomada das operações.
Do Portal Bahia Notícias/por Luana Ribeiro / Bruno Luiz
Nenhum comentário:
Postar um comentário