“O último que sair apague a luz”. Foi nesse clima de incerteza quanto ao futuro que funcionários da Cesta do Povo encerraram as atividades da empresa nos municípios de Queimadas e Monte Santo, na região sisaleira, no final da semana passada.
Em conversa com o Notícias de Santaluz, funcionários da Cesta do Povo de Queimadas lamentaram o fim das atividades da empresa, que funcionou até o último sábado (20), além da falta de transparência no processo. Até segunda-feira (22), a expectativa era de que 35 lojas da rede de mercados mantida pela Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), que se encontra em processo de desestatização, fossem fechadas em várias regiões do estado.
Outras 20 filiais já haviam encerrado as atividades desde o fim do ano passado, a exemplo da Cesta do Povo de Cansanção, que teve o esvaziamento completo de suas prateleiras em janeiro. A Ebal será leiloada para a iniciativa privada pelo governo do Estado. O leilão ocorrerá na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), em março. A data ainda não foi divulgada.
O preço mínimo divulgado pelo Governo Baiano foi R$ 81 milhões. Desde a criação da Ebal, há 40 anos, o prejuízo acumulado foi de R$ 750 milhões, segundo informação divulgada pela própria empresa. A Cesta do Povo tem 276 lojas no total, sendo 43 em Salvador e Região Metropolitana, além das unidades em mais 229 municípios baianos. Apesar da venda, a Ebal garante que os 2.800 funcionários não serão demitidos.
Redação Notícias de Santaluz
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