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terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Bons amigos! Barroquense chama atenção ao passear tranquilamente com cães na garupa da motocicleta

Cachorro (Tupã) sobe e desce da moto sozinho - fotos: Victor Santos
O senso comum diz que o cachorro é o melhor amigo do homem. A lealdade do companheiro de quatro patas impressiona das diversas formas. Em Barrocas, município localizado no Território do Sisal, chama a atenção a relação de confiança entre o senhor Antonio de Durval e seus dois cães; o Tupã (pelo vermelho) e o Pretinho aprenderam desde pequeno a 'passear' na garupa da moto, e acompanha o lavrador nas suas idas a roça. 
A presença dos cães e o comportamento desperta a atenção das pessoas por onde o motociclista passa. Calmos e mantendo o equilíbrio, circulam tranquilamente pelas áreas rurais do município na garupa da motocicleta do tutor. Os 'passeios' com os animais na verdade fazem parte da rotina do lavrador Antônio de Durval, 63 anos, morador da rua da Estação. Ele percorre 7 km até a Fazenda Alto do Cruzeiro, que fica na divisa entre Barrocas e Serrinha com um dos dois animais  (reversando) tranquilamente na garupa.

Antonio contou que faz um reversamento entre os animais, cada dia um sai com ele para ir a roça.
Foto: Victor Santos. 
Os cães são mestiços, uma mistura entre duas raças distintas. Antônio de Durval lembrou que a primeira vez que transportou os animais, eles foram colocados no tanque da moto, e assim continuou até eles aprenderem a subir sozinhos na garupa. O mais velho o Pretinho tem 3 anos, e Tupã 2 anos. Antônio explicou que os 'companheiros' sentem quando é dia de ir à roça; "pego o facão e coloco essa roupa, aí eles já se agitam, começam a seguir, morder a bainha do facão, é tanto que levo um e o outro que fica entristece, por isso revezo".

Na rotina cansativa da roça o lavrador conserta cercas para separar os animais, capina, corta estaca e aparta o gado, tudo na companhia do seu fiel escudeiro daquele dia: "o  meu companheiro de segurança são eles, os cachorros. Não tem um animal mais fiel que eles" afirmou. 
Os cães esperam a motocicleta ser ligada, eles só sobem quando é dada a partida. 
Ao final do dia na hora do retorno à cidade, rapidamente o cão se apoia, coloca as patas sobre o banco que tem espaço suficiente para ele se acomodar e sentar para aproveitar o passeio. O lavrador afirma que a viagem é tranquila; "são 15 minutos, faço minhas coisas na roça e sento para descansar, eles ficam nos meus pés, deito um pouco eles ficam vigiando a propriedade, depois seguimos". 

Esposa de Antônio, Dona Dinha, relembra do dia em que ela estava na garupa do esposo quando viu um dos cachorros caminhando pela praça, quando ela desceu da motocicleta e gritou para o animal voltar para casa, ele veio tão rápido e subiu na motocicleta que ela acabou perdendo a carona: “ele veio em direção da moto e pulou na garupa, quem disse que ele desceu? (risos) tive que descer e ir à pé para casa” contou sorridente.

"Se deixar os dois querem ir, mas só levo um por vez", explica Antônio
 Foto: Victor Santos. 
E as habilidades dos caninos vão além, vez ou outra em uma mercearia da família, o cão Pretinho, faz o papel  de 'entregador'. Antônio afirmou que ensinou o animal a transportar alguns itens do estabelecimento para a sua casa, e ele cumpri com rigor a missão: "Dinha (esposa) liga para mim pedindo um açúcar, café, até dinheiro ou carne, amarro em uma sacola e ele leva até a nossa casa, ele late no portão e entrega a sacola" contou orgulhoso. 

Sobre as viagens na moto, questionado em relação ao risco de acidente, Durval disse que é cuidadoso ao transportar o animal, e entende do perigo, por isso segundo ele a viagem passou a durar um pouco mais por ir mais 'devagar' e com máxima atenção no trânsito.

Da Redação - Por Victor Santos / Colaborou Rubenilson nogueira

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