Devido as constantes queimadas, no local a respiração é comprometida - Foto Victor Santos |
A queima de lixo no município de Barrocas, é um problema que preocupa o comerciante Marciano de Jesus, conhecido como Marciano da Funerária. Diante da situação, ele procurou o Ministério Público, onde afirma ter feito uma denúncia apontando as irregularidades do lixão à céu aberto, que deveria ser um aterro sanitário.
Além dos diversos problemas que fogem das normas exigidas, as constantes queimadas de materiais gera uma fumaça tóxica, que atinge centenas de famílias da região e o meio ambiente que sofre a contaminação atmosférica pela emissão do gás carbônico.
Não há no local indícios que que o lixo está sendo enterrado em valas, como deveria acontecer. |
O comerciante afirma que esteve na sede do Ministério Público da Bahia, na sexta-feira (31 de maio) para protocolar a denuncia. Marciano reuniu fotos e vídeos que mostram a grande quantidade de lixo queimado, segundo ele, além de irregular, afeta a saúde das famílias que trabalham na separação dos resíduos no local.
Marciano ainda afirma que, a nuvem de fumaça toma o céu da região dos Povoados de Alto Alegre, Rosário, Periquito, Malhada Redonda e Jenipapo: "Isso faz com que moradores tenham problemas respiratórios por inalar fumaça tóxica. Minha filha está suspeita de algum tipo de doença, com falta de ar, de tanto respirar essa poluição" explica.
Comerciante exige providência por parte do Poder Público Municipal. |
O mal cheiro é outro fator a ser considerado. Um morador, de identidade preservada, lamentou através de áudio em aplicativo de troca de mensagem, o mal cheiro proveniente da queimada: "Essa noite aqui foi complicado, pessoal tudo sentindo um fedor terrível de chifre queimado", relatou o homem que reside no Povoado de Periquito.
De acordo com um ex-catador, sem um trabalho de coleta seletiva no município, todo resíduo é descartado aleatoriamente, dificultando remover recicláveis do amontoado de lixo. Sobre quem praticaria o ato, homem não identificou, sugeriu que pessoas de 'fora' propositalmente colocavam fogo no lixo. Com a queima, parte do material, como papelão e garrafa pet, não servem para a reciclagem.
Catadores negam que tenha envolvimento com os incêndios, e firmam que são prejudicados pelas queimadas. |
No local, mesmo em condições precárias, três famílias tiram o sustento através da seleção e venda de material reciclável. Todos lamentam quando associam a queima aos que lidam diariamente com os resíduos, e afirmam que a fumaça também os afeta: "A gente tira em média R$ 50,00 reais por semana, se queimar o que chega nos caminhões não tem trabalho, por isso que não tem motivo pra gente querer botar fogo no nosso sustento" explica uma catadora.
@ Nossa Voz - Por Victor Santos
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