Os irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima, acusados de lavagem de dinheiro e associação criminosa, ficaram em silêncio nesta quarta-feira (31) numa audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) relativa ao caso dos R$ 51 milhões encontrados num apartamento em Salvador. Quando informado pelo juiz instrutor sobre as acusações no início da audiência, Geddel se limitou a dizer que ficaria em silêncio “por absoluta e incisiva orientação da defesa técnica”, segundo apuraram o G1 e a TV Globo.
Deputado federal em fim de mandato, Lúcio Vieira Lima (MDB-BA) também disse que ficaria calado por orientação dos advogados. Em meio à audiência, que é uma das últimas fases do processo, o Ministério Público fez perguntas aos irmãos Vieira Lima, mas Geddel e Lúcio se recusaram a responder todo o tempo. A audiência durou cerca de 10 minutos.
Geddel saiu do STF ao final da audiência escoltado e foi levado na parte de trás de um carro da Polícia Federal para o Complexo Penitenciário da Papuda, onde ele está preso desde setembro do ano passado. Responsável pela acusação contra os irmãos Vieira Lima, o procurador da República Hebert Reis Mesquita, que acompanhou a audiência, disse que, na visão dele, a estratégia da defesa é atrasar o processo e impedir o final da instrução.
Ainda de acordo com o procurador, isso obrigaria o caso a ser levado para a primeira instância da Justiça, quando o mandato de Lúcio Vieira Lima terminar em janeiro do ano que vem, já que ele vai perder o foro privilegiado.
“Ele [Lúcio] não se reelegeu. Chega no final do ano, a instrução não tendo acabado, o processo vai descer [para Salvador] e daqui a 10 anos está de volta aqui ao Supremo”, disse Mesquita, em referência à possibilidade de recursos serem apresentados nas quatro instâncias judiciais.
Do Portal NS
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