O ex-ministro Antonio Palocci decidiu negociar um
acordo de delação premiada com os procuradores da Operação Lava Jato. As
informações são da Folha de S. Paulo. Na tarde desta sexta (12), ele avisou ao
seu advogado de defesa, o criminalista José Roberto Batochio, que ele terá de
se afastar do caso.
A negociação do acordo será feita por dois advogados
de Curitiba, Adriano Bretas e Tracy Reinaldeti. Réu em dois processos em
Curitiba, Palocci teme que suas condenações possam ultrapassar os 30 anos de
prisão.
A Folha apurou que o afastamento de Batochio foi uma exigência da
força-tarefa da Lava Jato porque o criminalista é contrário a esse tipo de
acordo. Pesou na decisão de Palocci a operação que a Polícia Federal deflagrou
nesta sexta (12), em torno de repasses do BNDES para o grupo JBS, num total de
R$ 8,1 bilhões.
Palocci é apontado nas investigações como um dos intermediários
dos financiamentos que geraram supostas propinas para o PT. Uma das hipóteses
investigadas pela PF e pelos procuradores é que o partido ficava com parte dos
repasses do BNDES.
Outra influência na decisão de Palocci foi a delação da
Odebrecht. Documentos apreendidos pela Polícia Federal, depois incluídos no
acordo da Odebrecht, apontam que o ex-ministro foi responsável por administrar
repasses no valor de R$ 128 milhões entre 2008 e 2013.
Do Portal NS/Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
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