Uma das responsáveis pelo marketing da última
campanha presidencial do PT, a publicitária Mônica Moura contou à Procuradoria
Geral da República (PGR) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve um
“estremecimento” com a então presidente Dilma Rousseff, em 2014, porque ele
“queria ser o candidato” ao Palácio do Planalto, e a petista “não
aceitou”.
Em um de seus depoimentos do acordo de delação premiada com o
Ministério Público, a marqueteira contou que, apesar do mal-estar com a
afilhada política, Lula continuou dando suporte à então presidente da
República, inclusive, gravando mensagens de apoio na produtora do casal de
marqueteiros. Mônica Moura destacou ao Ministério Público que, desta vez, em
razão do estremecimento com Dilma, Lula não se envolveu com o financiamento da
campanha.
“O Lula queria ser o candidato em 2014. Voltar, né. Tipo assim,
2010 ele sai, bota a apadrinhada dele lá, mas, em 2014, ele volta para ser o
candidato. E aí houve um certo estremecimento. Ele ia lá na produtora da gente,
de vez em quando gravar apoio pra ela, né, porque também não ia colocar em
risco a eleição dela. Mas ele não se envolveu com dinheiro dessa vez, não”,
contou a marqueteira.
Segundo ela, na eleição de 2014, a própria Dilma
tomou a rédeas do financiamento, auxiliada pelo então ministro da Fazenda,
Guido Mantega, e do tesoureiro da campanha, o ex-ministro e atual prefeito de
Araraquara (SP), Edinho Silva (PT-SP).
Do Portal NS/Fonte:G1 e TV Globo, Brasília/ Foto: José Cruz / Agência Brasil
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