Próximo ao período de festas juninas, o radar
sobre os gastos das prefeituras fica mais vigilante. Com a crise financeira,
que parece não dar trégua, e a estiagem, que vai para mais um ano de
dificuldades, o dilema é: como fazer uma festa que agrade à maioria da
população e ao mesmo tempo não provoque uma quebradeira nas contas públicas.
Assim como em outros anos, em 2017 o Ministério Público do Estado (MP-BA)
promete atuar na fiscalização dos recursos. Segundo o Bahia Notícias, nos
próximos dez dias, o MP-BA deve encaminhar recomendações às prefeituras,
cobrando que elas não gastem mais do que podem.
A intenção, segundo o promotor
Luciano Ghignone, não é acabar com os festejos, mas realizá-los dentro do que
se pode pagar. “O que se busca não é coibir as festas, mas fazer com que elas
ocorram dentro do razoável. Os festejos de São João são tradicionais, tem um
valor cultural, e o MP não quer que isso seja desprezado. A questão é que eles
venham acontecer e causem prejuízo ao patrimônio público”, diz Ghignone ao
Bahia Notícias.
Para o promotor, a receita pode sair de uma solução caseira.
“Buscar uma programação mais criativa, que abra mão de atrações mais caras,
privilegiando atrações locais, com gasto menor. Ou mesmo estabelecer parcerias
externas que aliviem o município de custear tudo”, argumenta.
Municípios com
decreto de emergência em vigor devem redobrar a preocupação para que serviços
essenciais, como os de saúde e educação, não sejam prejudicados.
Do Portal NS
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