Quando a cuiabana Bruna Viola nasceu, há 23 anos, sua maior influência, a cantora Inezita Barroso, aos 68 anos, já tinha enfrentado e vencido muitos preconceitos contra a mulher na música caipira, abrindo caminho para os novos talentos.
Embora existam hoje no mercado diversas novas cantoras de música sertaneja, nenhuma delas se dedicou tanto a música de raiz e ao seu instrumento máximo, a viola, como Bruna se dedicou. "Eu amo a música de raiz e vou sempre lutar por ela", disse a cantora.
A coroação deste trabalho foi lançado neste mês, no DVD ao vivo "Melodias do Sertão", com a participação especial da dupla César Menotti & Fabiano na faixa "Se Você Voltar". "Foi uma gravação chique demais. Graças a Deus é mais um degrau alcançado. Ficou lindão", contou Bruna, com seu característico sotaque caipira.
Boa parte das canções é executada pela cantora empunhando a viola. Mas há espaço tambem para canções mais românticas. Vale o destaque para as faixas "Você Não Sabe (Quero Ver)", "Espero Mais", "No Ponteio da Viola", "Marvada Pinga", "Flor Matogrossense" e a faixa extra, "Rio de Lágrimas", de Tião Carreiro, ídolo e também uma das referências da cantora.
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Mesmo viajando o Brasil com sua turnê, sempre que pode, Bruna volta para a fazenda da família, a 40 minutos de Cuiabá, no Mato Grosso. Por lá, a cantora coleciona botas (quase 50 pares) e bonés. "Tenho alguns chapéus também", conta. "Adoro pescar e andar a cavalo".
Bruna Viola foi incentivada, desde criança, pela família. Ao contrário de Inezita Barroso. "Na época dela era muito mais difícil. Mulher não podia tocar viola caipira. Comigo foi o contrário. As pessoas ficavam curiosas para ver uma mocinha tocando viola".
Inezita, que morreu aos 90 anos em março do ano passado, recebeu Bruna Viola várias vezes em seu programa na TV Cultura, o "Viola, Minha Viola". Ao vivo, Inezita elogiou Bruna e apontou a artista como sua substituta na difícil missão de manter viva a cultura caipira.
"As palavras dela foram maravilhosas. É ótimo ter o aval da rainha da música caipira. Nos tornamos amigas. Foi uma experiência única. A minha missão é manter sempre em primeiro lugar a viola caipira", finalizou.
Do Portal Interior da Bahia/Fonte: UOL São Paulo
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