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As redes sociais têm sido um campo muito ativo para os candidatos à presidência da República se expressarem e mostrarem seus programas, agendas, rebaterem críticas e apresentarem posicionamentos sobre os mais variados assuntos, além de utilizarem a oportunidade, algumas vezes, para interagir com eleitores.
O Yahoo Brasil fez um levantamento quantitativo atualizado sobre os seguidores de páginas de Facebook e Twitter dos principais candidatos presidenciais - Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB), Aécio Neves (PSDB), Pastor Everaldo (PSC), Luciana Genro (PSOL) e Eduardo Jorge (PV) - desde o dia 12 de agosto, um dia antes da trágica morte de Eduardo Campos em um acidente aéreo, até o dia 16 de setembro. Foram considerados os candidatos cujos partidos possuem representação na Câmara dos Deputados.
É interessante notar que o número de seguidores desses canais no Facebook avançou 60% no período, que foi marcado por polêmicas, ataques, campanhas de propaganda e debates televisionados. Essa alta demonstra um maior nível de atenção dos usuários ao cenário eleitoral, e agora, somando todas as páginas dos candidatos, totaliza 4,87 milhões de pessoas, ante 3 milhões no começo da apuração.
No Twitter dos candidatos o avanço foi mais moderado, de apenas 7% entre agosto e setembro, para 3,9 milhões de usuários agora, ante 3,65 milhões em meados do mês passado.
Esse avanço pode ser explicado, principalmente, pelas maior adesão das pessoas ao Facebook, o qual também permite mais facilmente a publicação de conteúdos como fotos e vídeos, além de fazer o mesmo post “durar" mais tempo nas timelines - embora com alcance mais limitado. O Twitter, por sua vez, é uma plataforma mais “quente”, que estimula o debate imediato, e, ao contrário do concorrente, permite que todos vejam os Tweets publicados em dado momento.
"A rigor o Facebook tem mais recursos e características próprias que permitem um debate mais qualificado (vídeos mais fáceis, uso de imagens mais interessantes e textos mais longos)”, disse André Benevides, coordenador de monitoramento de redes sociais da agência iProspect. “Já o Twitter é uma coisa mais imediata, enquanto o Facebook tem aquele problema que a sua postagem atinge apenas uma parcela pequena da sua base na timeline.”
“Assim, o Twitter pode ter um alcance maior, mas o debate mais qualificado acaba sendo no Facebook (marcar amigos, interagir)”, disse ele.
Facebook
Maria Silva foi quem mais cresceu em número absolutos no Facebook, ganhando grande exposição e mais de 1,100 milhão de novos seguidores nessa rede, uma alta de 146% em pouco mais de um mês. Ela já soma quase 2 milhões de seguidores, ante menos de 800 mil em 12 de agosto. Só nas duas semanas após ser cogitada a assumir o lugar de Campos como candidata à presidência do PSB, sua base saltou cerca de 75%, de 768 mil para 1,33 milhão.
Em termos percentuais, Luciana Genro foi quem mais cresceu, um total de 242%, acumulando 94,2 mil novos seguidores. (Ver gráfico interativo abaixo)
Aécio Neves continua bem colocado com a segunda maior base no Facebook, de 1,36 milhão de seguidores, embora seu avanço no período tenha sido de apenas 28%. Dilma, em terceiro, cresceu 27 por cento, para 1,11 milhão.
Twitter
No Twitter o cenário é outro. Dilma domina com folga essa plataforma, com quase 2,8 milhões de seguidores, muito à frente de Marina, a segunda colocada, com quase 975 mil - que já tinha uma base considerável antes e avançou 10% no período, ante 3% da petista.
Aécio Neves, que, segundo a iProspect, aderiu tarde à essa rede, cresceu 44% entre agosto e setembro e chegou a 85,7 mil seguidores.
Novamente, a candidata do PSOL foi quem mais cresceu em termos percentuais, 107%, passando de 17,3 mil seguidores para 35,8 mil.
Por Sérgio Spagnuolo | Yahoo Notícias
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