O PTB, que há pouco tempo voltou a integrar o governo Dilma Rousseff, pode estar com um pé já fora do governo e do palanque da reeleição. A movimentação começou nos últimos dias por conta de dificuldades de espaço para candidatos do partido ao Senado.
O partido, que terá direito a 1 minuto e 15 segundos no programa eleitoral, já abriu conversas com o candidato do PSDB, Aécio Neves. O PTB pode decidir ainda neste sábado (21) sobre o assunto, mas a convenção nacional do partido, que oficializará sua posição nas eleições, está marcada para o próximo sábado (28).
"As portas estão abertas", respondeu Aécio ao telefone para um dirigente do PTB.
Os petebistas reclamam que estão sendo "sufocados" pelo PT, que traçou como estratégia nesta campanha o objetivo de eleger a maior bancada no Senado e, com isso, está sacrificando aliados de primeira hora. Pelo menos dois casos estão sendo citados pelos petebistas: o de Brasília e o de Roraima.
Em Brasília, o PTB quer lançar a candidatura de Gim Argelo à reeleição, mas o PT já oficializou a candidatura do deputado Geraldo Magela (PT). O PTB alega que Gim apoiou Dilma Rousseff desde o primeiro momento e, recentemente, foi abandonado pelo governo no momento em que queria ser indicado para uma vaga no Tribunal de Contas da União. Em Roraima, o senador Mozarildo Cavalcanti não obteve espaço na chapa da candidata ao governo pelo PT, Ângela Portela.
Segundo um dirigente do PTB, a preferência da maior parte da bancada do partido é seguir com Aécio Neves. Por isso, o partido está preparado para deixar cargos no governo federal.
Caso confirmada, a decisão do PTB de deixar o palanque da reeleição é uma péssima notícia para Dilma: primeiro, porque o tempo de TV do partido iria para um adversário; e, segundo, porque pode estimular outros partidos da base aliada que hoje se sentem desprestigiados pelo PT a seguir o mesmo caminho. (Informações de Dora Kramer – G1).
Do Portal Interior da Bahia
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