Por volta de 6,9% dos internautas do país (7,1 milhões de pessoas) não assinam um serviço de internet e usam banda larga “emprestada” de algum vizinho, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira (16) pelo Instituto Data Popular.
A pesquisa foi realizada on-line em junho e abrange 2.000 pessoas de cem cidades de todos os Estados. A referência do número de internautas é de um dado do Ibope publicado no primeiro trimestre deste ano, que apontava para 102,3 milhões de pessoas. Pertence à classe média a maior parcela de pessoas que adotam tal prática, com cerca de 10%, ante 4% de internautas tanto da classe alta quanto da classe baixa que usam uma conexão compartilhada.
Segundo a organização responsável pelo estudo, isso acontece porque os assinantes de banda larga mais pobres não pagam por um plano rápido o suficiente para ser usado por outras pessoas. Já na classe média, diz o Data Popular, a qualidade da conexão não cai se ela for compartilhada, já que é mais rápida. Segundo Renato Meirelles, que dirige o instituto, isso indica que membros da classe média têm “vínculos sociais mais estreitos” com seus vizinhos.
“Nesse caso, uma pessoa faz a assinatura de internet de banda larga e rateia a conta entre dois ou três vizinhos”, disse Meirelles na nota que divulgou a pesquisa. A organização também segmentou os resultados por região: na Sudeste, com 8%, se concentra o maior número de usuários de internet compartilhada, seguida por Norte (7%), Nordeste (6%) e Centro-Oeste (5%) e Sul (5%). Na última sexta-feira (13), o Tribunal Regional Federal da 1ª região rejeitou um recurso apresentado pelo Ministério Público que tipificava o compartilhamento de uma conexão de internet como crime. O MP ainda pode apelar. Informações da Folha OnLine.
Do Portal Jornal da Chapada/FOTO: Reprodução
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