Energia, água, ônibus, plano de saúde, remédio. Pode não parecer, mas eles têm uma coisa em comum. Têm seus preços administrados pelo governo, que é quem decide em quanto vai ficar o reajuste. Lá vem bronca...
Parece bom? Nem sempre. Em 2011, muitos destes serviços e produtos devem subir acima da inflação, que não será pequena. Segundo o Boletim Focus, publicado pelo Banco Central toda semana, o mercado anda projetando uma inflação de 5,66%.
Passagens
Aviso importante: boa parte dos reajustes dos preços administrados se concentra no primeiro semestre. Os moradores da Região Metropolitana do Recife já tiveram o dissabor de encarar logo nos primeiros dias do ano um aumento médio de 8,66% nos preços das passagens de ônibus, o mesmo acontecendo em Salvador.
O bilhete do anel A – pago por 80% dos passageiros – passou de R$ 1,85 para R$ 2. Situação pior viveu o pessoal de São Paulo, aonde o reajuste chegou ao cabalístico 11,11%.
Remédios
Em março, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) deve anunciar o reajuste para cerca de 20 mil apresentações de remédios. Ano passado, o aumento máximo ficou em 4,83%. Em 2011, o percentual deve ser maior.
É que o reajuste leva em consideração o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) dos últimos 12 meses terminados em fevereiro. O IPCA é a inflação oficial do país, que fechou 2009 em 4,31% e 2010 em 5,91%, o maior nível em seis anos.
Luz e água
No fim de abril, os brasileiros vão descobrir de quanto será a mudança nos valores das contas de luz. Em 2010, em alguns lugares, os consumidores comemoraram uma queda média de 8,7% na tarifa. A queda na conta de luz acabou ajudando a segurar a conta d’água, mas a situação não deve se repetir em 2011.
Gasolina
“No ano passado, por conta da eleição, alguns aumentos foram represados. Mas agora a eleição já passou”, destaca o economista Josué Mussalém. Ele lembra que a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária, em janeiro, previu que os reajustes da gasolina e gás de cozinha fiquem zerados em 2011.
“Mas isso não quer dizer que é o que vai acontecer. Estamos tendo uma crise no Egito, onde o Canal de Suez tem importância para a logística do transporte de petróleo entre o Oriente Médio e a Europa”, diz Mussalém.
E a gente com isso? Bem, o problema é que os preços dos combustíveis no Brasil refletem em parte os preços internacionais do petróleo. Aí vai depender da Petrobras decidir o que vai fazer.
Com informações do Diário de Pernambuco
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