Um casal natural dos municípios baianos de Valente e Santaluz, que reside há 12 anos na cidade gaúcha de Lajeado, está passando por momentos de aflição devido às fortes enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. As inundações, consideradas as maiores da história do estado, causaram diversos danos materiais e comprometeram o acesso à água potável e alimentos.
A situação do casal Rafael Gonçalves e Quele Gonçalves foi relatada por Rodrigo Gonçalves, irmão de Rafael e dono de uma farmácia em Valente. Segundo Rodrigo, o casal reside no quarto andar de um prédio em Lajeado e presenciou a água subir rapidamente, inundando completamente os apartamentos do térreo e causando a perda de todos os pertences ali armazenados.
“E pra piorar, estamos com muita dificuldade de comunicação, falta de energia, internet muito ruim, cidade totalmente ilhada, ninguém sai e nem entra e nossa preocupação maior é que não tem água potável e existe a possibilidade de faltar alimento”, relatou Rodrigo ao Calila Notícias.
Rafael trabalha como vigilante no Banco do Brasil na cidade vizinha de Arroio do Meio, também afetada pelas inundações. As duas principais vias de acesso a Lajeado, pontes consideradas cartões postais da cidade, foram levadas pela forte correnteza, agravando ainda mais a situação de isolamento.
As fortes chuvas que afetam o Rio Grande do Sul desde a semana passada já provocaram 83 mortes e afetaram 364 dos 497 municípios gaúchos.
Além disso, 129 mil pessoas tiveram que deixar suas casas e 20 mil estão morando em abrigos, segundo os dados do boletim mais recente da Defesa Civil do Estado, divulgado no início da tarde desta segunda-feira (6).
O governo do Rio Grande do Sul ainda contabiliza que 850 mil pessoas foram afetadas pelo evento climático extremo. No total, 291 pessoas estão feridas e 111 desparecidas.
As cidades com o maior número de óbitos são Cruzeiro do Sul (oito mortes), Gramado (sete), Veranópolis (cinco), Caxias do Sul (cinco), Lajeado (cinco) e Santa Maria (cinco).
Do Portal NS, com informações do Calila Notícias e BBC New
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