O marqueteiro João Santana afirmou ao Tribunal
Superior Eleitoral que as negociações de coligação em campanhas eleitorais são
“verdadeiros leilões” financeiros.
A declaração foi feita durante depoimento na
ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, quando Santana explicou que os
acordos da base aliada eram pagamentos para as campanhas de partidos e que
todas negociam tempo de TV de “maneira muito pragmática”: por promessas futuras
ou compromissos financeiros. “Quando falo leilão é financeiro, só que como a
moeda na política não é só financeira, essa é mais problemática, mas também são
os cargos, é um conjunto de interesses, que é normal e que acontece em vários
países, em vários lugares”, explicou.
De acordo com documento obtido pela
colunista Andréia Sadi, do G1, Santana relatou uma reunião no Palácio da
Alvorada entre Lula e outras seis pessoas, quando foi discutido o tempo de TV
para a campanha de Dilma Rousseff em 2010.
Na ocasião, Lula ameaçou não fechar
o acordo com o PMDB e Michel Temer para vice. “Eles diziam que eles estavam
querendo demais. O querer demais não me falou o que era, falou para as pessoas,
mas disse: não, a garganta é enorme, o PMDB está demais e isso provocou um
próprio temor na candidata Dilma e também eles sabiam que ia se perder ali
alguns minutos preciosos”, acrescentou.
Do
Portal NS/Foto:Geraldo Bubniak/ O Globo
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