Delator da Odebrecht, Ariel Parente contou em depoimento à força-tarefa da Operação Lava Jato que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), atualmente líder do partido no Senado, reclamou em 2010 que era “pouco dinheiro” os R$ 500 mil em propina que recebeu.
“Ele achou pouco o valor”, disse o delator aos investigadores ao explicar o motivo da insatisfação de Renan. De acordo com o site Buzzfeed, Ariel relatou que o encontro com o senador aconteceu em Maceió (AL), em 2010, quando o peemedebista era candidato ao Senado e, seu filho, à Câmara. Os dois foram eleitos.
Ariel ainda contou aos investigadores que houve um impasse durante a conversa, já que Renan discordava do valor oferecido. Apesar de ouvir que queria mais, o funcionário da Odebrecht nada podia fazer porque não tinha autorização para oferecer um valor acima dos R$ 500 mil.
Com isso, Ariel acionou Cláudio Melo Filho, outro diretor da Odebrecht que fez delação. Em seus depoimentos, Melo Filho afirmou que o valor final pago a Renan ficou mesmo nos R$ 500 mil, pagos em duas parcelas, nos dias 10 de agosto e de setembro de 2010. A doação criminosa foi registrada no chamado “Setor de Operações Estruturadas”, o departamento de pagamento de propina da empresa. De acordo com o Buzzfeed, procurada, a assessoria do senador não deu resposta sobre as declarações de Ariel.
Do Portal NS
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