Ex-funcionários da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) apelaram ao Governo do Estado, na manhã desta quinta-feira (2), pelo retorno do empreendimento. Segundo eles, a extinção tem provocado enormes prejuízos à produção agrícola baiana.
De acordo com o diretor-jurídico Reinaldo Freitas, do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Área Agrícola do Estado da Bahia (Sintagri), que é ex-funcionário da empresa, 1,2 mil servidores concursados da empresa foram demitidos “sem respeitar nenhum direito trabalhista”. “Só o governo do PT”, criticou. Ainda segundo ele, mais de 200 mil dos 700 agricultores familiares eram atendidos antes da extinção da EBDA, agora, o governo anuncia apenas 40 mil.
O diretor-jurídico afirmou também que a extinção provocou uma redução da Garantia-Safra e do crédito rural. “Houve uma diminuição da produção agrícola. Os agricultores familiares estão sendo prejudicados porque não têm mais nenhuma assistência técnica”, afirmou. Na mesma linha, o também membro do Sintagri, José Augusto Brito, alertou que com o fim da EBDA pode surgir novas pragas nas lavouras. Segundo ele, se a empresa ainda existisse poderia contribuir para o combate a “mosca negra”, que começa a atacar a citricultura na Bahia. “Hoje não tem técnicos no campo. Isso contribui para uma situação desfavorável aos agricultores”, afirmou.
Sempre ameno em suas críticas ao governo do estado, o líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado estadual Sandro Régis (DEM), disse que a extinção da EBDA foi um “ato covarde, recheada de maldade” e é resultado de “ideias improvisadas e incompetentes”.
"Foi realizada sem um amplo debate com os setores envolvidos, não houve a transparência exigida, nada se falou ou se discutiu sobre os efeitos adversos e danosos que poderiam advir sobre tão violenta decisão. Foi na verdade um ato insensato e politiqueiro do Governo do Estado", criticou.
Denúncia
Antes mesmo de extinguir a EBDA, o governo do estado firmou contrato com Organizações não governamentais (ONGs) para prestar assistência técnica aos agricultores familiares, conforme diretor-jurídico Reinaldo Freitas.
Segundo ele, essas ONGs desde 2007 não prestaram contas ao governo na ordem de quase R$ 16 milhões. “Tenho documentos que comprovam. Se não prestaram contas, também não devem ter prestado os serviços, né?”, questionou. (Informações do Bocão News).
Do Portal Interior da Bahia
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