O ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró afirmou em delação premiada que a campanha de governador da Bahia em 2006 do ex-ministro Jaques Wagner (PT) recebeu recursos da comercialização de petróleos e derivados no mercado internacional por intermédio do ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli.
Em 2006 Jaques Wagner era o azarão, o terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto para o governo da Bahia. ”Que o apoio financeiro dado por Gabrielli foi o que permitiu Jaques Wagner vencer a eleição, contra os prognósticos iniciais”, afirmou Cerveró, em seu termo de colaboração 31, fechado com a Procuradoria Geral da República e tornado público nesta quinta-feira, dia 02.
Ex-diretor da área Internacional de 2005 a 2008 e executivo da BR Distribuidora de 2009 a 2014, Cerveró afirmou que Wagner “teve participação decisiva na indicação de Gabrielli para a presidência da Petrobrás”.
“Ambos integravam a chamada ‘República dos Caranguejos’, ao lado de Marcelo Déda (governador de Sergipe, morto em 2013) e Humberto Costa (senador de Pernambuco).” – todos membros do PT. Cerveró afirma que o termo veio da disputa pela presidência da Petrobrás, em 2005, com a saída de Eduardo Dutra.
“Houve uma disputa grande para o cargo. O nome de Gabrielli foi apoiado pela ‘República dos Caranguejos”, contou o delator. Ele disputava com Rodolfo Landim, então presidente da BR, que teria sido apoiado pela presidente afastada Dilma Rousseff e por Aloisio Mercadante (PT-SP). (Informações do Estadão).
Do Portal Interior da Bahia
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