Somente agora, quatro meses depois, fica justificável a ameaça do empresário Emílio Odebrecht, ao anunciar que iria destruir a República, quando o filho Marcelo Odebretch foi preso na operação Lava Jato.
Com a denúncia de O Globo, postada na internet nesta terça-feira 29, agora está comprovado que o então presidente Lula e sua sucessora Dilma Rousseff não somente faziam lobby para a maior empreiteira do país, a Odebretch, como até obedeciam as ordens do atual dirigente do grupo empresarial, Marcelo Odebrecht, que chegou a interferir junto ao governo para evitar a nomeação de um executivo ligado a uma concorrente, a Camargo Correa.
Assinada por Renato Onofre, Thiago Herdy e Cleide Carvalho, a impressionante reportagem mostra que o governo do Partido dos Trabalhadores na verdade sempre esteve a serviço dos grandes empresários, especialmente os dirigentes das empreiteiras e dos bancos comerciais, ficando evidente a existência de uma relação promíscua, que envolvia os recursos do BNDES e não tinha nada a ver com os interesses nacionais.
As provas se acumulam, mostrando que os governantes do país realmente não têm o menor compromisso com a ética. A essa altura, chamar de “golpistas” aos que defendem o impeachment da presidente Dilma chega a ser uma atitude grotesca e até ridícula.
Fazer três celas
Diante dessa situação, torna-se obrigatório relembrar a ameaça feita pelo empresário Emílio Odebrecht, quando seu filho Marcelo foi preso na Lava Jato. O ex-presidente do grupo Odebrecht disse que iria destruir a República e sugeriu que mandassem construir mais três celas: “Para mim, Lula e Dilma”. Esta inacreditável bravata foi manchete dos jornais.
Dizem que Emílio depois se acalmou, pensou melhor e até sugeriu ao filho que faça delação premiada. Mas Marcelo Odebrecht reluta, porque na CPI da Petrobras declarou ter desprezo total aos delatores. Pode ser que agora mude de ideia e ajude o país a realmente conhecer como tem sido governado.
Carlos Newton – Tribuna da Internet
Do Portal Interior da Bahia
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