O PSDB elegeu suas quatro principais lideranças para aumentar o tom das críticas que tem feito ao governo Dilma Rousseff. O programa do partido, exibido em cadeia nacional de televisão na noite desta segunda-feira, endureceu os ataques à presidente e ao PT, acusados de enganar os eleitores durante a campanha pela reeleição.
Os tucanos frisaram que chegou a hora de o PT pagar por seus erros e responsabilizaram diretamente Dilma pela atual crise política e econômica.
O início do programa buscou resumir a sensação de pessoas que votaram em Dilma e hoje se sentem enganadas por promessas não cumpridas, como o controle da inflação, ampliação das vagas do Pronatec e crescimento da oferta de emprego. Todas apareceram usando máscaras da presidente, tirando-as em seguida. "Com tanta mentira, um dia a máscara cai", completou a narração enquanto a imagem mostrava uma faixa onde se lia "Xô, mentira!!!" e "Xô, corrupção!!!".
O primeiro nome do partido a falar foi o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que criticou o aumento dos juros e impostos como alternativa para sair da crise. Alckmin sugeriu mais investimentos para a geração de emprego e renda. Em seguida, o senador José Serra (SP) lembrou que o PT foi avisado sobre a crise econômica, mas "se fez de surdo e não cuidou de prevenir a crise. Só pensou em ganhar a reeleição".
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) criticou a troca de cargos por apoio ao governo no Congresso Nacional. "A economia vai muito mal e a presidenta é refém de uma base de sustentação no Congresso que a cada dia é cada vez mais do tipo toma lá, dá cá. Na verdade, ela está pagando pela herança maldita que o [ex-presidente] Lula deixou."
Por último, o presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (MG), acusou o PT de ter se omitido diante dos problemas que originaram a crise e tomado decisões cujo único objetivo era manter os petistas no poder.
Aécio disse que o PSDB vai se posicionar contra o aumento de impostos, e citou a volta da CPMF, mas se manterá a favor de medidas como a redução dos encargos na folha de pagamento das empresas e o corte na taxa de juros. O tucano afirmou que a crise só será superada "quando a verdade substituir a mentira e a competência voltar a conduzir os destinos do país".
O senador ainda destacou que o PSDB não será "oposição ao Brasil" quando o governo do PT propor medidas que favoreçam a volta do crescimento. "Somos oposição, sim, mas somos oposição a esse governo, não somos e nem jamais seremos oposição ao Brasil", disse. "Se o governo quiser trazer de volta imposto do cheque, seremos contra. Mas se esse mesmo governo reduzir impostos sobre a folha de pagamento para que empresas parem de demitir, seremos a favor".
(Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)
Do Portal Interior da Bahia
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