O grupo de pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) que localizou um fóssil de um tatu gigante na cidade de Iramaia, na Chapada Diamantina, a 356 km de Serrinha, pretende expor réplicas do animal no município baiano, depois que finalizar o projeto de investigação sobre a descoberta.
O esqueleto foi achado em 2013 em uma caverna após outro grupo de pesquisadores paulistas localizarem o fóssil. “O trabalho não está terminado. Ainda falta muita coisa para analisar. A gente tem intenção de retornar para Iramaia de alguma maneira, para expor o material e retornar à comunidade”, conta o pesquisador da Ufscar Marcelo Fernandes, que liderou a expedição.
Marcelo explica que a estrutura do fóssil é frágil e por isso, seria melhor que as réplicas ficassem expostas. “Quando saiu da caverna, ele já estava fragmentando”, lembra.
O grupo prepara um artigo científico para concluir a investigação sobre o animal. O tatu da espécie Homelsina e da família Pampatherium tem dois metros e cerca de 220 kg. Por conta do peso, os pesquisadores tiveram que usar cordas para retirar o fóssil da caverna onde foi encontrado.
O pesquisador afirma que o animal gigante, apesar do tamanho maior, é muito parecido com os tatus atuais. “Ele é uma descoberta mais completa. O tatu Canastra, cujo fóssil foi encontrado em Minas Gerais, e tem quase um metro. Na tomografia, nós comparamos o crânio do tatu gigante com o atual. Foi possível observar que as fossas nasais são desenvolvidas, o que permitia sentir odores à distância. Também era um bicho que escavava”, conta.
Marcelo Fernandes diz que a mesma expedição que localizou o tatu também encontrou um osso que pertence a uma preguiça gigante, terrestre e não adulta.
Do Portal CS
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