A Comissão de Aprovados no concurso da Caixa Econômica Federal (CEF) para o cargo de técnico bancário novo (TBN) participa de um protesto em Salvador nesta quinta-feira, 06 de agosto, instituído como o Dia Nacional de Luta por mais Contratações na Caixa.
De acordo com a Comissão, a causa é nobre e visa melhorias no atendimento ao público. O movimento conta com o apoio dos sindicatos e federações nacionais e locais dos empregados da Caixa. Em Salvador, a concentração será na agência Caixa das Mercês, e terá inicio as 8h.
De acordo com informações, o concurso, realizado para cadastro de reserva, foi homologado em junho de 2014. Desde então as convocações estão muito abaixo da expectativa em todo o Brasil e, principalmente, na Bahia. No estado, dos 2.236 candidatos aprovados no concurso, apenas 102 foram convocados e admitidos até o momento.
Tomando Salvador como exemplo, a Caixa aprovou 531 candidatos para o cadastro de reserva, sendo que 477 são candidatos gerais e 54 são Pessoas com Deficiência. Apesar de ser concurso para cadastro de reserva, vale lembrar que a Caixa concluiu agora um Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA), no qual cerca de 3,5 mil funcionários desligaram-se da empresa, no país todo, por meio desse projeto de aposentadoria incentivada.
Praticamente não houve reposição desses funcionários. Em acordo coletivo, a Caixa havia se comprometido em ampliar o quadro de funcionários em 2 mil pessoas até final de 2015. Além disso, é visível para os clientes e funcionários a falta de funcionários na Caixa, o que prejudica a todos pelo mau atendimento, deixando os colaboradores sobrecarregados.
Até o momento, somente 33 candidatos foram convocados e admitidos em Salvador. A situação é igual ou pior nos Polos do interior da Bahia e da Região Metropolitana. Na RMS foram convocados 18 candidatos com um cadastro reserva de 155 pessoas. Na região de Feira de Santana, dos cerca de 240 aprovados no último concurso, apenas três foram chamados.
Na Bahia, recentemente 15 candidatos já fizeram exames médicos, mas até hoje aguardam serem chamados para o treinamento e contratação. Há três meses que a Caixa não convoca nenhum candidato em todo o país e não fornece nenhuma explicação para isso.
Empregados estão na luta
Os empregados da Caixa Econômica também aderiram à luta. A mobilização deles é fundamental para forçar o banco a retomar as contratações e melhorar as condições de trabalho nas agencias. Para isso, a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e a Contraf/CUT convocam os trabalhadores a participar massivamente do Dia Nacional de Luta por Contratação Urgente na Caixa, que será realizado neste 6 de agosto.
Na negociação da mesa permanente, ocorrida no último dia 22 de julho, a Caixa frustrou a representação dos trabalhadores ao não apresentar uma estratégia de como serão repostas as vagas dos empregados que saíram da empresa através do Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA).
As primeiras orientações para o Dia Nacional de Luta por mais contratação começaram a ser divulgadas no dia 8 de junho para todas as entidades representativas da categoria. A ideia é realizar uma grande mobilização nas mais de 4 mil agências do banco e nas redes sociais, a exemplo do que ocorreu na vitoriosa campanha pela manutenção da Caixa 100% pública.
Nas unidades, a sugestão da Comissão Executiva é para que federações, sindicatos e Apcefs, de acordo com cada perfil de atuação, organizem as ações. Cartazes com a logo da campanha “Mais Empregados para a Caixa, Mais Caixa para o Brasil” foram encaminhados para as mais de 4 mil agências.
No dia 6 de agosto, de acordo com as orientações divulgadas, empregados, sozinhos ou em grupo, devem postar fotos nas redes sociais segurando o cartaz e usando a hashtag #MaisEmpregadosJá. As imagens também podem ser enviadas para as entidades representativas e para o e-mail maisempregadosja@fenae.org.br..
“Com a ajuda das entidades de todo o Brasil, vamos mobilizar os trabalhadores, envolvendo também os milhares de concursados que aguardam convocação e a sociedade. Afinal, todos são afetados pela falta de pessoal na Caixa. Os atuais empregados sofrem com sobrecarga e adoecimento, entre outros. Já os que estudaram para o concurso, a cada dia, perdem um pouco da esperança de serem chamados. E a sociedade é obrigada a enfrentar filas e outros problemas nas unidades”, diz Fabiana Matheus, coordenadora da CEE/Caixa-Contraf/CUT.
Do Portal Interior da Bahia
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