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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Professores de universidades estaduais fazem manifestação em Salvador

Os professores das Universidades Estaduais da Bahia (Uebas) realizaram, nesta quarta-feira (10), uma manifestação contra os cortes de orçamento e problemas enfrentados pelas instituições no estado. 

Segundo o professor Edson Moura, diretor da Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Adufs), o ato visa chamar a atenção da população sobre as dificuldades da categoria e pressionar o governo para o avanço das negociações. Segundo ele, o aumento de 10,3% do orçamento anunciado pelo governo não atende nem ao menos as demandas trabalhistas.

“As universidades cresceram, exigem mais dinheiro. Esse aumento não serve nem para pagar os direitos dos professores. Aí falta dinheiro para a manutenção, investimentos…”, explica ao Bahia Notícias. Segundo ele, cada unidade é afetada de forma diferente pela falta de verba, mas ao todo o corte real sofrido é de cerca de R$ 19 milhões. “Na Uefs não tem papel para imprimir a lista de presença. Essas são necessidades básicas. […] O reitor (Evandro do Nascimento) já disse, durante um discurso, que se continuar assim é mais fácil fechar a universidade e entregar a chave para o governador Rui Costa”, reclama.

As principais reivindicações do grupo são o respeito aos direitos trabalhistas – já que os planos de carreira estão travados –, a ampliação do número de professores, a reposição integral da inflação em uma única parcela, 7% da receita líquida de impostos (RLI) para o orçamento das Uebas e a revogação da lei 7176/97, que seria “autoritária”.

Participaram da ação professores das universidades de Feira de Santana (Uefs), de Santa Cruz (Uesc), do Estado da Bahia (Uneb) e do Sudoeste da Bahia (Uesb), além de alunos das quatro instituições e professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba). 

Segundo a aluna da Uesc, Lorrane do Nascimento, o grupo também protesta contra o corte na bolsa de permanência para alunos carentes. “Tem alunos que não têm como se manter estudando sem esse valor”, afirma. O ato causou engarrafamento da Avenida ACM e o fluxo de veículos teve que ser redirecionado para a Rua Miltons Cayres de Brito.

Do Portal CN/Bahia Notícias

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