A situação está ficando patética. Com a popularidade em baixa, a economia em crise, o povo nas ruas e Lula avançando em seu retrovisor, pronto para assumir a candidatura à sucessão pelo PT e deixá-la à beira da estrada, a presidente Dilma Rousseff entrou na faixa do desespero.
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De repente a gerentona virou mãezona , cheia de amor para dar aos jovens e disposta a fazer qualquer promessa (possível ou impossível) que possa reconduzi-la em busca de uma reeleição já praticamente perdida.
Seus marqueteiros, é verdade, se desdobram. Recentemente, tentaram transformá-la em especialista na literatura de Camões, ressuscitando o “Velho do Restelo” citado na promulgação da Constituição por Ulysses Guimarães, este sim, um intelectual de primeira, que também costumava citar Fernando Pessoa e durante a ditadura militar nos ensinou que “navegar é preciso”.
Ilusionismo
Agora, num golpe de ilusionismo político, os marqueteiros conduziram Dilma Rousseff ao centro do picadeiro do Poder, para abrir um surpreendente baú de bondades diante do respeitável público.
Convocação de plebiscito para a população decidir se quer convocar Constituinte para discutir unicamente a reforma política. Uma nova legislação que considere a “corrupção dolosa [quando há intenção] como crime hediondo”, com penas mais severas. Agilização na implantação da Lei de Acesso à Informação. Pacto de responsabilidade fiscal, para manter a estabilidade da economia e o controle da inflação.
Caramba! De repente, a presidente parece que decidiu governar. E não ficou só nisso. Pretende disponibilizar mais de R$ 50 bilhões para investimentos em transporte público, aumentando o número de metrôs e corredores de ônibus. Para baratear as tarifas, está disposta também a ampliar a desoneração de impostos. Vai mesmo contratar médicos (brasileiros e cubanos) para trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS) e promete utilização de 100% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do pré-sal, para melhorar a educação.
Bem, já que todos os problemas do país estão resolvidos, o melhor que poderemos fazer é jogar uma partida de buraco. E ainda tem gente que acredita em conversa de político…
Por Carlos Newton – Tribuna da Imprensa
Do Portal Interior da Bahia
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