Com a mediação dos reitores, uma reunião no início da noite desta sexta-feira (03), abriu a possibilidade de um acordo para encerrar a greve que já dura quase 60 dias e afeta cerca de 60 mil estudantes nas universidades estaduais: Uneb, Uefs, Uesc e Uesb.
Enquanto o secretário da Administração Manoel Vitório, deixou a reunião disposto a assinar o acordo na segunda-feira (06), os professores decidiram debater a questão em assembléia.
“O fim da greve será decidido nas assembleias. Mas saímos do impasse e retomamos as negociações”, afirmou a professora da Uefs, Maslowa Freiras. Na segunda está marcada outra reunião para consolidar os termos do acordo. “Acredito que sai um acordo”, arrisca Jucelho Dantas, da Associação dos Docentes da Uefs (Adufs).
Recuo
Para chegar ao consenso, o governo recuou da proibição de novos aumentos salariais nos próximos quatro anos, recuando o veto para 2012.
Em troca, os professores tiveram o cronograma de incorporação da gratificação sobre Condições Especiais de Trabalho (CET) - de 70% sobre o salário base - garantido para apenas os próximos dois anos, quando antes o governo oferecia a incorporação parcelada até 2014.
Dessa forma, 36% da CET será incorporado aos salários até outubro de 2012. E mesmo sem o governo aceitar rever o decreto que contingência os seus gastos, a proposta discutida nesta sexta prevê um calendário de reuniões para debater o orçamento universitário.
Apesar de a Secretaria da Educação alegar que o decreto 12.583/2011 não afeta a contratação de professores e o afastamento de docentes para cursos de pós-graduação, o governo não formalizou a exclusão da verba universitária do contingenciamento, segundo os professores. Informações de A Tarde (Foto: Lúcio Távora/Agência A Tarde).
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