Um grupo considerável de eleitores definirá seu voto, mais uma vez, pensando com o bolso. E muitos acreditam que José Serra (PSDB) tem conseguido apresentar propostas que tem atraído alguns eleitores.
As promessas de José Serra de elevar o salário mínimo para R$ 600, aumentar em 10% as aposentadorias e criar o 13º do Bolsa Família já fazem com que o tucano avance sobre a classe C, considerado reduto tradicional do PT.
Em Lins, bairro da zona norte do Rio onde Serra foi mais votado, somando o apoio de 25% dos eleitores em 3 de outubro, contra uma média inferior a 20% em localidades vizinhas, é comum encontrar eleitores do tucano que assumem a “traição” a Lula.
“Gosto do Lula, já votei nele, mas meu marido é aposentado. Não tem jeito, a gente em casa vai ter que votar em quem oferece mais para a gente, a vida está dura”, disse a dona de casa Antônia da Silva, contando que votou no primeiro turno no tucano já por causa dessas promessas.
As duas promessas de Serra atingem, diretamente, um contingente de mais de 50 milhões de pessoas: 26,879 milhões de trabalhadores que recebem o mínimo (dados do IBGE de 2008) e mais 23,995 milhões de aposentados e pensionistas do INSS (destes, 18,425 milhões ganham o mínimo).
Para Marcelo Simas, coordenador do FGV-Opinião, propostas como essas tendem a ganhar importância na campanha. “Dou minha cara a tapa se essa questão do aborto for realmente relevante. Os votos se decidem por uma combinação de fatores. E 40% da população economicamente ativa ganham salário mínimo. Apesar de não acreditar na viabilidade dessa promessa, ela é muito importante para um segmento relevante dos eleitores”, disse
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