Mais quatro pessoas foram condenadas pela Justiça Federal na Bahia por participação em um esquema de venda de benefícios previdenciários, que gerou o maior prejuízo na história do INSS no Estado, estimado em R$ 11 milhões.
A sentença é resultado de uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF), formulada após a Operação Benefício, deflagrada no início de dezembro de 2009, com o objetivo de desarticular uma quadrilha formada por servidores do INSS da cidade de Paulo Afonso, a 434 km de Salvador, vereadores e agenciadores de beneficiários.
O servidor público da agência, Carlos Valberto Pereira Nascimento, teve decretada a perda do cargo e foi condenado ao pagamento de multa e a nove anos e meio de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e formação de quadrilha.
Outras três pessoas que atuavam como despachantes foram condenadas também ao pagamento de multa e a cinco anos de reclusão por corrupção passiva: Reginaldo Pereira Araújo; Gilberto Soares de Carvalho e Erinaldo Alves Pereira.
O Judiciário concedeu aos acusados o direito de recorrer em liberdade por serem réus primários.
A Justiça também decretou a perda dos bens apreendidos em poder dos acusados, cuja origem não tiver sido provada. Além disso, manteve a proibição cautelar de que não compareçam a qualquer agência do Previdência Social.
Outras condenações - Em maio deste ano, outras sete pessoas foram condenadas por participação no mesmo esquema criminoso, dentre elas dois servidores, sendo um deles também vereador.
As prisões, buscas e apreensões relativas à Operação Benevício foram realizadas nos municípios de Paulo Afonso, Jeremoabo, Coronel João Sá, Chorrochó, Glória e Macururé, na Bahia, Gramado, no Rio Grande do Sul, e Nossa Senhora do Socorro, em Sergipe.
Informações do A Tarde Online
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