Familiares e amigos de Ricardo dos Santos Silva morto no dia 13 deste mês um dia depois de ser alvejado por um tiro na cabeça, disparado por o carona de uma moto, compareceram na tarde de segunda-feira (25) ao fórum Durval da Silva Pinto, para acompanharem a primeira audiência com P.R.S.A, 17 anos.
Revoltados familiares e amigos da vítima chegaram cedo e se concentraram na frente do fórum usando camisas com a foto de Ricardo, faixas e cartazes como pedido de justiça.
Numa sala anexa ao gabinete do juiz estavam o próprio, o promotor de justiça Raimundo Nonato Santana Moinhos, o advogado de defesa Paulo Carneiro, o delegado de policia Gustavo Ameno Coutinho e os pais das partes envolvidas no processo que foram ouvidos.
A expectativa era de uma audiência demorada, porém o promotor requereu a suspensão e a intimação das testemunhas arroladas na representação. O pedido foi deferido para que seja dada continuidade em outra data. “Com o fim da presente audiência, muito embora ainda não tenha sido concluída a instrução processual, surge nos autos fortes indícios da co-autoria do ato infracional equiparado a homicídio qualificado por parte de Waldemar Pereira Lima Junior, conhecido como “Junior Barriga”. Falou o promotor. Testemunhas afirmam que foi ele quem conduzia a motocicleta na noite do crime. O promotor pediu a prisão temporária no prazo de 30 dias do mesmo e minutos depois já estava em poder do delegado até que seja chamado também para audiência.
A saída do adolescente foi muito tensa, a policia militar precisou colocar o carro no estacionamento do fórum para colocar o rapaz na viatura, ao passar no portão a palavra assassino, soava em alto som da boca de centenas de pessoas. Os manifestantes ainda quiseram se deslocar até a delegacia, mas atenderam o apelo de Beto Rasta Para evitar tal manifesto.
Familiares falam do sofrimento – A mãe do acusado, Dulce Cleide dos Santos, pediu para não ser fotografada disse que a dor de mãe é muito forte, garante que não foi seu filho. “Ele me disse: mãe a senhora acha que eu ia chegar da cara limpa para fazer um crime desses? Questionou. Ela diz que pede a Deus para que o verdadeiro autor apareça.
Ainda na entrevista ao CN disse que são duas decisões difíceis para ela. Se ele fica aqui solto preocupa, ele preso também, é ruim pra qualquer mãe saber que seu filho passa por uma situação dessa.
Alberto Santos da Silva, pai de Ricardo disse que nos últimos 15 dias, depois da morte do filho não conseguiu trabalhar, ”ele estava a quase dois anos trabalhando comigo na construção de casas, eu saio para trabalhar e vejo o vazio, acabo abandonando o serviço. Eu monitorava ele, era um rapaz que não me dava dor de cabeça, responsável, pai de família. Espero que a justiça seja feita e condene este indivíduo que tirou a vida dele. Nós não temos nenhuma duvida que foi ele quem atirou, pois meu filho me falou antes de morrer que foi ele, como também não temos duvida que quem pilotava a moto foi este tal de Júnior Barriga” afirmou Beto Rasta como é conhecido.
Por: Raimundo Mascarenhas (Calila Notícias)
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