Começa a partir desta quarta-feira (20), às 8h, em Salvador, o julgamento dos oito responsáveis pela explosão de uma fábrica clandestina de fogos de artifício ocorrida em 11 de dezembro de 1998 em Santo Antônio de Jesus.
O acidente, que vitimou 64 trabalhadores da fábrica clandestina com idades entre 10 e 91 anos, também deixou gravemente feridas outras cinco pessoas.
Serão julgados o empresário Osvaldo Prazeres Bastos, dono da fábrica; seus filhos Mário Fróes Prazeres Bastos, Ana Cláudia Almeida Reis Bastos, Helenice Fróes Bastos Lírio, Adriana Fróes Bastos de Cerqueira e Berenice Prazeres Bastos da Silva, além de dois gerentes da fábrica: Elísio de Santana Brito e Raimundo da Conceição Alves.
Segundo informações da informou a promotora Isabel Adelaide, os acusados foram denunciados por homicídio doloso.
Protestos em frente ao Fórum
O Movimento 11 de Dezembro, organizado por familiares das vítimas da explosão da fábrica de fogos clandestina em Santo Antonio de Jesus, fez protestos na noite desta terça-feira (19) em frente ao Fórum Ruy Barbosa, no bairro de Nazaré, em Salvador.
O grupo, composto por cerca de 60 pessoas, se antecipou ao júri popular que acontece nesta quarta-feira (20), a partir das 8 h, e promoveu um ato público, que foi concluído com um culto ecumênico. Durante o ato será mostrado um vídeo-documentário sobre os fatos relacionados à tragédia que matou 64 pessoas e deixou outras cinco gravemente feridas em 1998.
Ao mesmo tempo, os organizadores denunciaram que a produção clandestina de fogos ocorre até hoje no municio do Recôncavo baiano.
Da redação do Interior da Bahia
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