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quarta-feira, 17 de maio de 2023

Após Acelen anunciar que não vai seguir política de preços da Petrobras, deputado defende reestatização de refinaria baiana

Deputado estadual Robinson Almeida (PT) | Foto: Divulgação

O líder da federação PT, PV e PCdoB na Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Robinson Almeida, criticou a decisão da Acelen de manter uma política de preço dos combustíveis independente, atrelada a especulação internacional (ver mais), e defendeu, em pronunciamento, nesta quarta-feira (17), uma campanha pela reestatização da Refinaria de Mataripe.

No discurso, o parlamentar ainda levantou suspeita sobre a venda da então refinaria Landulpho Alves para o grupo árabe Mubadala Capital e as joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro dos árabes, estimadas em R$ 16 milhões, um mês antes da privatização ser concretizada em novembro de 2021. O valor da transação na época foi de R$ 1,65 bilhão, considerado metade do valor de mercado da refinaria.

“Não posso aceitar que a Acelen não estabeleça uma política de preço compatível com a capacidade de compra do povo baiano. Ela não vai modificar sua política de preço, ela tem o monopólio e isso vai dificultar que o povo baiano tenha os benefícios que o povo brasileiro vai ter com a redução dos preços dos combustíveis”, afirmou Robinson Almeida.

“Por isso essa empresa tem que ser reestatizada, se ela mantiver essa política de preço. Ela tem que prestar contas, inclusive do escândalo que está sendo colocado, que na sua compra pelo grupo Mubadala, estão envolvidos aqueles colares milionários que a família de Bolsonaro recebeu e que está sob investigação pela Polícia Federal”, apontou o parlamentar.

O deputado também disse que não adianta a refinaria investir em campanhas de comunicação, patrocinar os times de futebol do Bahia e do Vitória e vender o combustível mais caro do Brasil para os baianos.

“É inaceitável que vendam para os baianos o combustível mais caro do Brasil. Nós temos que lançar uma campanha pela reestatização, para a Petrobras comprar a Acelen e o povo baiano ter a refinaria Landhulpo Alves de volta. Está aí a diferença do que é privado e do que é público. O privado só visa o lucro e o público tem que ter a justiça social na sua razão de existir”, enfatizou Robinson.

Do Portal NS

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