A variante do novo coronavírus conhecida como B.1.1.7, descoberta no Reino Unido no final do ano passado, aumenta o risco de morte entre os infectados em 64% em média, de acordo com estudo publicado nesta quarta-feira (10) no periódico científico "The British Medical Journal". As informações são da France Presse.
O estudo aponta que o risco pode ser entre 30% e 100% maior do que o oferecido por linhagens anteriores do Sars-Cov-2.
A variante B.1.1.7 foi detectada no Reino Unido em setembro de 2020 e, desde então, já foi encontrada em mais de 100 países. Ela tem 23 mutações em seu código genético – um número relativamente alto de alterações –, e algumas destas a tornaram muito mais capaz de se disseminar.
Cientistas britânicos dizem que ela é entre 40% e 70% mais transmissível do que variantes do coronavírus em circulação que antes predominavam.
No estudo britânico, infecções da nova variante causaram 227 mortes em uma amostragem de 54.906 pacientes de Covid-19 – em um número igual de pacientes infectados com outras variantes foram 141.
"Somado à sua capacidade de se disseminar rapidamente, isto torna a B.1.1.7 uma ameaça que deveria ser levada a sério", disse Robert Challen, pesquisador da Universidade Exeter que coliderou a pesquisa.
Já Ellen Brooks-Pollock, também da Universidade de Bristol, considerou que foi uma “sorte” que a variante tenha surgido em uma área coberta por testes de genoma de rotina, o que permitiu que ela fosse identificada mais rapidamente pelas autoridades. “Futuras mutações podem surgir e se espalhar sem controle”, disse Ellen.
Do Portal Bahia Notícias
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