Foto: Divulgação / PSG
A pandemia do coronavírus pode gerar um prejuízo bilionário, caso os campeonatos na Europa sejam canceladas. Segundo o presidente da La Liga da Espanha, Javier Tebas, o resultado negativo gira em cerca de 7,5 bilhões de euros, o equivalente a R$ 40,7 bilhões. Todas as competições do Velho Continente estão paralisadas devido ao problema que assola o mundo inteiro.
"Se somarmos tudo, todo o futebol das 30 ligas europeias, 7,5 bilhões de euros estão em risco nesta crise. Este seria o custo de não poder completar todas as competições. E isso colocaria em risco a indústria do futebol em alguns lugares. Então, temos que resolver isso globalmente, pois é um problema de todos", declarou em conferência com veículos espanhóis nesta quinta-feira (19).
Porém, apesar dessa estimativa, Tebas está esperançoso no retorno dos campeonatos. Para ele, a bola deve voltar a rolar em maio para que as competições sejam encerradas em junho, tudo por causa do adiamento da Eurocopa, que foi remarcada para 2021.
"Na situação que temos agora, pensamos que poderíamos voltar com a competição em meados de maio, talvez na terceira semana. Se as circunstâncias melhorarem, é claro, podemos até antecipar esse reinício. Hoje, existem trinta ligas afetadas, trinta torneios de Copa, e temos que coordenar a agenda de todos, nacional e internacionalmente. Por isso, temos que conversar e decidir juntos. Não é uma questão de fé, é uma realidade: as competições terminarão em junho. Se já falávamos isso antes do adiamento da Euro para 2021, agora, com mais motivos, voltamos a afirmar", estimou.
Javier Tebas ainda falou que a preocupação não é exclusiva do calendário. Os dirigentes europeus têm estudado formas para amenizar o impacto econômico nos cofres dos clubes.
"Os grandes, em suma, perderam uma quantia muito importante. Por outro lado, como forma de amenizar isso, se concluirmos os calendários, as receitas de TV e bilheteria, ao menos, permanecerão intactas. 28% dos contratos de televisão, que superam os 500 milhões de euros [cerca de R$ 2,7 bilhões], ainda precisam ser recebidos. Eu não diria que os clubes entrariam em crise porque, graças ao controle que é feito da economia, mas os clubes perderiam competitividade por vários anos. Em nosso país, 150 mil pessoas vivem direta ou indiretamente desse esporte. O futebol move 1,67% do PIB", detalhou.
Nesta quinta, a Federação de Futebol da Inglaterra (FA na sigla em inglês) prorrogou o prazo de reinício do campeonato do país (leia mais aqui). Previsto inicialmente para o dia 4 de abril, as competições inglesas estão previstas para voltar no dia 30 de abril.
Do Portal Bahia Notícias
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