Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias
O que sucessos como “Solteiro não Trai”, “Que Pena Que Acabou” e “Nosso Cupido Foi Deus” têm em comum? Todos são composições de Jujuba, feitos na "Jujuba Music", editora de compositores que abriu uma sede em Salvador nesta segunda-feira (3). A unidade na capital baiana será a terceira da empresa, que só no ano passado conseguiu emplacar 20 músicas entre as mais tocadas do país.
Depois de Fortaleza, no Ceará, e Goiânia, em Goiás, a editora chega à capital baiana por meio de uma parceria com o compositor Leo Minho, que pode ser considerado um “pupilo” de Jujuba. Ao acompanhar o agora sócio em entrevista ao Bahia Notícias, Leo disse que decidiu investir nessa nova sede para que os compositores baianos experienciem o que ele viveu quando entrou para o time da Jujuba Music.
"Sempre, nas minhas reuniões com outros compositores, eu falo sobre o quanto isso foi importante pra mim. Foi incrível porque eu estive com ele num sábado, o evento foi no domingo e na segunda eu vendi uma música para o Aviões do Forró", conta o baiano. Ele se refere à faixa "Passarinho", uma das apostas do grupo comandado por Xand Avião para o verão deste ano.
Além da sede que será inaugurada, a capital baiana também vai receber uma edição presencial do curso "Fórmula do Hit", onde Jujuba promete ensinar tudo que um letrista precisa saber para fazer sucesso comercializando suas músicas. O evento será realizado no dia 03 de maio, das 14h às 19h, no Wall Street Empresarial, em Patamares.
"Eu vou falar muito sobre técnicas de vendas e ensinar o método que foi criado por mim, que chama 'MQM', Método do Quadrado Melódico, onde eu ensino ao compositor como compor músicas comerciais, qual a semelhança entre essas músicas, o que elas têm de especial", adianta Jujuba em conversa com o BN.
De acordo com ele, o curso também aborda “tudo de direito autoral, direito digital e o que o compositor precisa pra se antenar no mercado”. Em seguida, o “aluno” terá dois meses para estudar, praticar e aí terá uma audição marcada com o próprio Jujuba para que ele ouça cinco faixas e dê um feedback.
Com esse projeto, a ideia é montar uma equipe com cerca de 10 a 15 artistas na sede de Salvador. Os interessados em participar precisarão investir de R$ 97 a R$ 247.
RETORNO FINANCEIRO
Quanto ao retorno, o resultado pode ser rápido como aconteceu com Leo Minho ou um pouco mais lento. Mas Jujuba garante que, dentro de sete meses, o empenho é compensado. A empresa vende uma música sem exclusividade por algo em torno de R$ 3 mil a R$ 7 mil. Já em caso de exclusividade, a faixa varia de R$ 8 mil até mais de R$ 200 mil.
E uma música que faça sucesso pode render ainda mais com o tempo. Segundo o compositor, as canções que ficam entre as cinco mais tocadas do Brasil chegam a somar de R$ 700 mil a R$ 2 milhões em direitos autorais.
O critério de precificação é relativo. "Geralmente, quando a música é muito boa, o cantor está muito interessado... Gusttavo Lima pagou R$ 250 mil na música ‘Apelido Carinhoso’”, conta Jujuba.
O valor da faixa pode até parecer espantoso, mas quem não ouviu os versos "ainda não me chama de meu nego, ainda não me chame de bebê"? A música figurou entre as mais tocadas em todo o país no verão de 2018.
Gusttavo Lima, inclusive, é um parceiro e tanto da Jujuba Music. A editora compôs 17 músicas que fizeram sucesso na voz do embaixador.
PARCEIROS NA BAHIA
Mas não só de forró e sertanejo é feito o catálogo da editora. Antes mesmo de se instalar na capital baiana, Jujuba já tem grandes parceiros por aqui. "A gente ama a essência baiana. Já tive várias músicas gravadas com Pablo [do Arrocha], Léo Santana está com duas músicas de trabalho da nossa empresa, Cláudia Leitte também gravou uma agora com Mano Walter... A gente está trabalhando sempre pra fazer com que a música cresça ainda mais em todos os gêneros", defende o empresário.
Para saber mais sobre a nova "produtora de hits" com sede na Bahia, basta acessar as mídias da Jujuba Music. Todos os sucessos da empresa e os canais para participar do curso estão no site (veja aqui).
Do Portal Bahia Notícias/por Ailma Teixeira
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