Foto: Isac Nóbrega/PR
Acenando para evangélicos, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) participou do evento Gideões, em Camboriú, em Santa Catarina, nesta quinta-feira (2). Ele foi recepcionado por cerca de 5.000 fiéis em um evento grandioso com banda, luzes e apresentações de dança, incluindo uma homenagem a Israel.
"Passei por um dia difícil na minha vida em 6 de setembro. Fui salvo por um milagre. Agradeço a vocês pelas orações. Atingimos um objetivo, entendo como uma missão de Deus que, ao lado de vocês, pessoas de bem, tementes a Deus, cumpriremos essa missão", disse o presidente.
Ele prestigiou a bancada evangélica do Congresso Nacional durante o culto, que contou com as presenças dos deputados Marco Feliciano (Pode-SP), Silas Câmara (PRB-AM) e João Campos (PRB-GO). A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que frequenta cultos da Igreja Batista Atitude, não estava acompanhando o presidente. Esta é a primeira vez que um presidente participa do evento anual dos Gideões, que ocorre há 37 anos.
No segundo turno da eleição, Bolsonaro fez 75,92% dos votos em Santa Catarina. No ano passado, em 29 de abril, o presidente também esteve no evento que reúne milhares de evangélicos. Bolsonaro recebeu uma placa com o provérbio: "quando o justo governa, o povo se alegra".
O evento ocorre anualmente desde 1983 e o grupo Gideões Missionários da Última Hora (GMUH) é uma das múltiplas correntes que compõem a Assembleia de Deus, a maior denominação evangélica do país. O líder da Assembleia de Deus, José Wellington da Costa Júnior, estava no palco, assim como o presidente do GMUH, Zilmar Melquíades Miguel.
O empresário Luciano Hang, das lojas Havan, cuja matriz é em Santa Catarina, esteve no evento e foi recebido com palmas. Hang é entusiasta de Bolsonaro. O general Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), acompanhou o presidente.
O governador do estado, Carlos Moisés (PSL), e o prefeito de Camboriú, Elcio Rogerio Kuhnen (MDB) recepcionaram o presidente. O lado de fora do ginásio tinha vendedores de itens com apelo religioso e até aluguel de banheiro por R$ 2 em uma residência próxima.
Dentro do ginásio onde ocorreu o evento, cartazes mostravam as ações sociais do GMUH em diversos países, como Haiti e Bolívia. O palco, com duzentas pessoas, foi decorado com flores e iluminado com luzes em tons verdes. Na edição anterior do evento, Bolsonaro ainda não era oficialmente candidato a presidente. Porém, falou aos fiéis presentes que eles deveriam "eleger alguém parecido com eles". "Minha origem é católica, mas sou casado com uma evangélica", falou.
Um pastor fez uma oração a todos presentes com problemas no estômago enquanto Michelle Bolsonaro colocava as mãos sob o abdômen do então deputado federal. "Bota a mão no estômago delas [pessoas com problemas]", dizia o pastor.
Depois que Bolsonaro sofreu um atentado em setembro de 2018, quando teve o intestino perfurado e precisou ficar internado durante a campanha, fiéis divulgaram nas redes o vídeo da oração afirmando que Bolsonaro não morreu por ter o "estômago blindado" no encontro dos Gideões.
Do Portal Bahia Notícias/por Paula Sperb | Folhapress
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