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terça-feira, 30 de abril de 2019

Municípios da região sisaleira da Bahia aparecem em lista de quase mil cidades com risco de surto de dengue, zika e chikungunya no país

Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya | Foto: Getty Images
Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya | Foto: Getty Images
Os municípios de Itiúba, Queimadas, Santaluz, São Domingos, Serrinha e Valente, localizados na região sisaleira da Bahia, aparecem na lista das 994 cidades do país que apresentam alto índice de infestação, com risco de surto para as doenças dengue, zika e chikungunya, divulgada nesta terça-feira (30) pelo Ministério da Saúde. Os dados fazem parte do primeiro Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2019.

Além das cidades em situação de risco, o levantamento identificou 2.160 municípios em alerta, entre eles Araci, Barrocas, Candeal, Cansanção, Conceição do Coité, Ichu, Lamarão, Monte Santo, Nordestina, Quijingue, Retirolândia e Tucano, que também ficam no território do sisal.

O levantamento mostra ainda que 1.804 municípios, incluindo Biritinga e Teofilândia, localizados na mesma região, apresentam índices satisfatórios.]
Casos de dengue, zika e chikungunya pelo país
Ciclo do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Ciclo do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Segundo o Ministério da Saúde, em 2019, até 13 de abril, foram registrados 451.685 casos prováveis de dengue no país, aumento de 339,9% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 102.681 casos. A incidência, que considera a proporção de casos em relação ao número de habitantes, tem taxa de 216,6% casos/100 mil habitantes. O número de óbitos pela doença também teve aumento, de 186,3%, passando de 66 para 123 mortes.

“O resultado do LIRAa confirma o aumento da incidência de casos de dengue em todo o país que subiu 339,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Esses resultados indicam que é preciso fortalecer ainda mais as ações de combate ao mosquito transmissor, com a participação da população e de todos os gestores locais e federal”, afirma o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber, frisando, no entanto, que “mesmo com aumento no número de casos da doença, a taxa de incidência de 2019 está dentro do esperado para o período. Sendo assim, até o momento, o país não está em situação de epidemia, embora possa haver epidemias localizadas em alguns municípios e estados”, disse.

O LIRAa
É uma ferramenta importante para o controle do Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, doenças que podem gerar outras enfermidades, como microcefalia e Guillain-Barré. Com base nas informações coletadas, é possível identificar os bairros onde há concentração de focos do mosquito e como eles são.

Segundo o Ministério da Saúde, o objetivo é que, com a realização do levantamento, os municípios tenham melhores condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do Aedes.
Secretaria da Saúde de Santaluz mobiliza comunidade contra o Aedes aegypti | Foto: Notícias de Santaluz/Arquivo
Secretaria da Saúde de Santaluz mobiliza comunidade contra o Aedes aegypti | Foto: Notícias de Santaluz/Arquivo
Em Santaluz, por exemplo, a Secretaria Municipal da Saúde promove durante o ano a campanha ‘Santaluz contra o mosquito’, com o objetivo de conscientizar a população. Além disso, segundo a secretária de Saúde, Jamile Sena, as ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes são permanentes e tratadas como prioridade pela Vigilância Epidemiológica do município.
Notícias de Santaluz

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