O governo de Minas vai acabar com a Rádio Inconfidência na frequência AM. A informação foi confirmada pelo secretário da Cultura Marcelo Matte na noite dessa quinta-feira, em cerimônia dos novos dirigentes do setor no Palácio das Artes e deixou os servidores do órgão em estado de apreensão com as possíveis demissões.
“Num prazo adequado, com planejamento, cuidado, preservando conteúdos relevantes, terá de ser extinta como todas as grandes redes de rádio já fizeram. Abandonaram a faixa AM porque isso é uma imposição legal”, disse Matte ao ser questionado sobre o possível fim da Inconfidência AM.
O caso será assunto de duas reuniões nesta sexta-feira, segundo o Sindicato dos Jornalistas, que alega que o governo pretende demitir concursados ilegalmente. As demissões chegariam a um terço do quadro.
De acordo com funcionários da Rádio Inconfidência, que preferiram não se identificar para evitar retaliações, o temor é porque a maior parte dos concursados está lotada na emissora AM. A transferência foi ocorrendo em gestões passadas e teria sido feita para dar espaço para a contratação de comissionados na FM. Há ainda o temor de que isso seja o início de um desmonte da emissora pública.
“O clima é de tristeza e muita revolta, porque nós fizemos concurso dentro do que a lei exige e nossos salários estão abaixo do mercado. Os comissionados, não só da rádio, mas de todo o estado, são muito melhor remunerados e não faz sentido querer fazer economia com quem já não representa tanto custo assim”, disse um servidor.
A Inconfidência AM é a rádio mais antiga de Minas, tem 82 anos e o sinal da emissora chega a todos os municípios mineiros. Ficou conhecida como “Gigante no ar”.
No evento, o vice-governador Paulo Brant disse que todos os equipamentos culturais do estado serão mantidos, mas “transformados e melhorados”.
O governo de Minas foi questionado sobre as possíveis demissões na Inconfidência, mas ainda não se manifestou sobre o assunto. (Fonte: Jornal O Estado de Minas).
Do Portal Interior da Bahia
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