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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Curiosidades sobre alguns nomes das ruas de Salvador

PELOURINHO - Eram colunas de pedra colocadas em lúgar público da cidade ou vila para tortura. No Pelourinho os escravos eram torturados e expostos a execração pública.

TERREIRO DE JESUS - Denominação dada à praça em homenagem aos Jesuítas, cujo colégio estava neste local.

PRAÇA DA PIEDADE - Tem esse nome por causa da Igreja Nossa Senhora da Piedade. Nesta praça os condenados eram enforcados, como foi o caso dos líderes da Revolta dos Alfaiates.

RUA DA FORCA - Recebeu esse nome porque era a rua por onde passavam todos os condenados ao enforcamento, que ocorria na Praça da Piedade.

RUA CHILE - Levou o nome devido à visita da Esquadra da Marinha de Guerra Chilena que esteve em visita a Salvador, em 1902.

PRAÇA CASTRO ALVES - Esta praça já recebeu vários nomes: "Largo da Quitanda", "Praça de S. Bento", "Largo do Theatro", na época da inauguração do Theatro S. João, em 13 de maio de 1812. Um grande incêndio destruiu totalmente o teatro. Por fim, a partir de 10 de julho de 1881, a praça recebeu o nome de Praça Castro Alves.

LADEIRA DA BARROQUINHA - o nome origina-se da palavra barranco, e era uma região de depressão provocada pelas chuvas e que era muito utilizada pelo povo que queria ter acesso a Baixa dos Sapateiros.

ÁGUA DE MENINOS - Lugar que tinha uma nascente de água natural aonde grandes números de meninos iam se banhar. No século XVIII, o governo municipal mandou construir uma bica pública para o abastecimento da população, chamada a Fonte de Água de Meninos.

FEIRA DE ÁGUA DE MENINOS - A feira que hoje é um patrimônio cultural de Salvador foi criada nos anos '60 e era chamada de Feira de Água de Meninos, por ficar num bairro com este mesmo nome. Após ser destruída por um incêndio passou a ser a atual Feira de São Joaquim.

ESTRADA DA RAINHA - Via pública aberta durante o reinado de D. Maria I, rainha de Portugal, conhecida como 'A Louca', durante o período da Inconfidência Mineira.

RIBEIRA - O verdadeiro significado de ribeira é o local onde o navio ou embarcação, tem uma oscilação de marés tal, que permite que o barco fique em seco para trabalhar.

MOURARIA - Este nome se dá pelo fato do local ter sido designado para habitação dos primeiros ciganos de origem moura degredados de Portugal, em 1718.

*LADEIRA DA PREGUIÇA - A elite da época, a qual residia em casarões ao longo desta via, costumava divertir-se com gritos de "sobe preguiça!" ao presenciar os escravos subindo penosamente a ladeira, sob o peso de sacos de mercadorias pesando até 60kg ou empurrando carretas abarrotadas.

SOLAR DO UNHÃO - O local, onde funciona o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), foi residência do desembargador Pedro de Unhão Castelo Branco, em 1692, e até hoje o local homenageia seu antigo proprietário, mais de 320 anos depois.

RUA DO TIRA CHAPÉU - A rua do Tira Chapéu fica nas proximidades da Praça Municipal e fica defronte ao Palácio Rio Branco, onde funcionava antigamente o Palácio do Governo. Por causa disso, os homens que passavam no local tinham o hábito de tirar o chapéu em reverência aos governantes.

RUA DO TIJOLO - A atual rua 28 de Setembro localizada no centro histórico, já foi conhecida como Rua do Tijolo, devido ao fato de ali, haverem se instalado as primeiras fábricas de tijolos da Bahia colonial, mas aparece registrada no Livro de Tombamentos dos Bens Imóveis da Santa Casa da Misericórdia, como sendo a Rua do Saboeiro.

RUA D'AJUDA - Foi uma das primeiras ruas da cidade de Salvador. O nome é uma homenagem à padroeira da primeira igreja de Salvador construídas pelos jesuítas - Nossa Senhora da Ajuda.

RUA DO CABEÇA - Ganhou o nome devido a atividade de matança de bois nos currais e abatedouros presentes na região e que expunham as cabeças dos animais em suas portas.

RUA GUINDASTE DOS PADRES - Os guindastes ajudaram a expandir muito as ruas e bairros de Salvador, transportando matérias como: pedras, tijolos, telhas, cal e madeiras que chegavam do Recôncavo baiano em barcos.
As ordens religiosas utilizavam guindastes para facilitar as construções ou ampliações de suas conventos. O chamado Guindaste dos Padres se transformou no atual Plano Inclinado Gonçalves.

RUA DO PAU DA BANDEIRA - Situada no antigo sítio político da colônia, ali fica um mastro onde se hasteavam bandeiras para orientar os navegantes em sua ida e vinda, traduzindo o pertencimento da terra.

PAU MIÚDO - Segundo versões do sr. Laurindo Conceição, por volta dos anos '20, onde hoje está assentado o bairro de Cidade Nova, existia a localidade de Cidade de Palha, em razão das moradias serem de palhas.
Com o decorrer dos tempos, as pessoas, moradores do local, começaram a substituir as casas de palha por casas de barros. Com o objetivo de conseguir a referida madeira, grupos de pessoas, subiam e desciam a ladeira de Quintas com destino ao local onde existia a tal madeira. As pessoas nesse trajeto iam com um feixe de paus miúdos na cabeça e ao serem questionadas de onde vinham respondiam: "venho do pau miúdo", e assim ficou batizado o bairro.

TORORÓ - Nome de origem tupi que significa "rumor de água corrente, rio barulhento", ideia que os índios tinham de uma fonte de água corrente que abastecia o grande dique ali e ainda presente.

ALTO DO CABRITO - Este nome descende ainda da era colonial, localizado no alto onde existiu um engenho de cana-de açúcar com o nome Cabrito.

BECO DO MINGAU - Nome dado por existir ali um ponto de venda de mingau.

LADEIRA DO FUNIL - Este nome é devido ao seu traçado cônico, no formato de um funil.

ABAETÉ - Originou-se de um termo tupi 'abaîté', que significa "terror, horror". É uma referência ao fato de a lagoa ser considerada um lugar mal-assombrado. Lagoa do Abaeté: "lagoa tenebrosa", que teria esse nome em função de suas águas escuras.

ITAPUÃ - Ao contrário do que muita gente pensa, Itapuã não significa "pedra que ronca". O nome do bairro tem origem no tupi e é a contração da palavra itá + apuã, que quer dizer, na língua indígena, "ponta de pedra" ou "cabo de pedra".

Para o historiador Carlos Bahia, no caso específico de Salvador, os habitantes nomeavam suas localidades e limites geográficos a partir das referências tomadas da flora nativa, fazendas, e, sobretudo, dos costumes aqui adquiridos ou trazidos de terras longínquas.

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