Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi eleito com 285 votos presidente da Câmara dos Deputados para o mandato “tampão” até fevereiro do ano que vem. O deputado Rogério Rosso (PSD-DF) recebeu 170 votos.
Maia assume na madrugada desta quinta-feira (14) a presidência da Casa após a renúncia do ex-presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Caso o Senado confirme o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff, o deputado fluminense passa a ser o segundo na linha sucessória do país. Em seu quinto mandato, Maia é filho do ex-prefeito do Rio de Janeiro César Maia, já presidiu o Democratas e foi duas vezes líder do partido.
“Vamos trabalhar para acabar com o império dos lideres”, disse Maia. “Os lideres são fundamentais, mas não são os únicos que têm direito à palavra. Cada um de nós tem direito a usar esse microfone. Vamos devolver ao plenário a sua soberania”.
Ao abrir o seu discurso Maia relembrou sua trajetória no parlamento e disse que não imaginava que iria concorrer à presidência. O deputado disse ainda que o país só vai superar a crise política quando a Câmara conseguir superar a crise pela qual vem passando. “A solução [para a crise] não passa por nenhum outro Poder, passa pela Câmara”, disse.
O deputado também citou episódios de corrupção envolvendo parlamentares. “Convoco a todos, independente do resultado, para que, a partir de amanhã, possamos virar essa página que envergonha cada um de nós, onde a prioridade hoje não é o plenário, mas o interesse pessoal de um, dois, três deputados”, criticou.
Maia também voltou a afirmar que vai valorizar o papel das minorias no processo parlamentar. “Quem quer calar a oposição não quer democracia, queremos uma oposição forte ao nosso governo, porque uma oposição forte vai ajudar a enxergar os nossos erros”, disse.
Do Portal JC/FOTO: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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