A Câmara Municipal de Conceição do Coité foi o local escolhido pelo Solidariedade para fazer o lançamento do partido no município. O plenário esteve totalmente ocupado por um público com perfil contrário a gestão atual, bem como as lideranças que foram convidadas a fazer parte da mesa, a exemplo do ex-prefeito por três mandatos Éwerton Rios conhecido popularmente por Vertinho, o médico Robson Cedraz, que no último pleito municipal participou ativamente da campanha de Assis e Alex eleitos prefeito e vice, vereadores Nego Jai, Elizane, Lindo, César, Pedrinho e Elder, todos da bancada da oposição, mas apenas Nego Jai e Elizane usaram a tribuna.
O presidente da Casa Ivaldo Araújo cedeu sua cadeira para o presidente estadual do Solidariedade Luciano Araújo que teve ao seu lado o presidente municipal Bruno Gomes.
Foram convidados ainda a fazer parte da mesa os advogados Márcio Mascarenhas, Luciano Araújo e Marcos Souza, este último filho do ex-prefeito Renato Souza; além do ex-vereador Murilo Duarte e Tito de Bandiaçu.
Ao usar o microfone o presidente estadual e tesoureiro nacional do Solidariedade (SD) Luciano Araújo, ao se apresentar fez questão de falar de sua ligação com a cidade de Conceição do Coité, sobrinho do saudoso comerciante Tilô. Araújo disse que viveu parte de sua infância em Coité e estava se sentindo em casa.
O presidente estadual disse que deixou a Câmara de Coité muito satisfeito depois do ato de lançamento do Solidariedade no Município, chegou com humildade e pediu a união das oposições, conseguiu levar Vertinho e Robson que ele considera dois nomes para apresentar na campanha futura. “Farei de tudo para que o número do partido da oposição que será levado para a urna seja o 77. Se eu puder agregar todos os nomes competitivo, seja Renato, Robson, Genilda, Vertinho, qualquer um o Solidariedade está certo que sairá forte na disputa”, concluiu o presidente estadual.
Robson Cedraz foi citado como um dos pré-candidato a prefeito do município, mas em seu discurso falou com tom de humildade que o projeto do Solidariedade não é pessoal, não é de Luciano Araújo, não é de Vertinho, e sim, para o futuro de Conceição do Coité.”A gente tem uma história de sonhos e que esses sonhos nos foram roubados. Confiamos num partido que se diz do povo e o povo tem sido traído, e essa é sem duvida nenhum a razão da qual eu me encontro aqui. Não tenho ambição pessoal, política, própria, ser ou não ser candidato, mas acho que temos que mudar”, disse Robson.
Cedraz criticou a atual gestão que segundo ele não tem valorizado o profissional coiteense, citando casos de advogados e outros profissionais que prestam serviços fora do seu município, ele fez comentário com base na queixa de Márcio Mascarenhas que lhe antecedeu no discurso e disse que a Prefeitura tem advogado que talvez nem saiba onde fica a praça da igreja.
Robson repetiu várias vezes que não tem ambição pessoal para chegar ao poder, mas fez um discurso de quem deseja, quando disse que a Prefeitura tem que comprar nas empresas da cidade e os profissionais precisam ser prestigiados em sua terra natal e lembrou que ele próprio é funcionário público de outro município.
Robson disse que mesmo se incorporando a um partido novo e que chega com o propósito de mudança, continua com os mesmos pensamentos de trabalhar pelo bem comum das pessoas, ”então não se trata de valores, não se trata de dinheiro, nem de mudança de opinião. Eu acho que as coisas são bem claras, ou você ama Coité e acompanha mudança ou continua nesse marasmo que está ai. A gente tem conversado com as pessoas nas ruas, com os comerciantes, com pessoas humildes, sabemos da situação de cada funcionário do baixo escalão da prefeitura, dos cortes das comissões, as pessoas estão com dificuldade para sobreviver pelos cortes nos salários, presenciamos perseguições, então essa política perversa e maldosa tem que acabar”, Falou Robson que disse está ‘afinado’ com o deputado Tom Araújo, Vertinho, e tem conversado com as demais lideranças de oposição.
Vertinho depois de passar pelo PFL antigo (DEM) eleito pela primeira vez em 1988 e outras duas vezes eleito pelo PP, de onde se transferiu para o PR e não disputou mais nada, revelou está sem partido, mas aceitou o convite do presidente estadual, amigo pessoal Luciano Araújo.
Segundo Vertinho o Solidariedade vem a Coité para consolidar a democracia, ” e o melhor pilar da democracia é o direito de expressão, e os maiores pilares da democracia é a alternância do poder”.Frisou.
Segundo Éwerton mesmo não estando filiado a nenhum partido ver com bons olhos um partido chegar e convidar pessoas da comunidade, dar oportunidade sobretudo aos jovens. Como sempre não fez nenhum tipo de ataque ao governo municipal, lembrou das três vezes que concorreu, segundo ele se impor condições ao grupo e garante ser o único ex-prefeito no Brasil com três mandatos e nenhum com reeleição.
Ao contrario de Vertinho, o vereador Nego Jai líder da oposição fez duras criticas ao governo municipal, assim como a vereadora Elizane. O presidente da Câmara Araújo também fez um discurso mais voltado para o momento, ou seja o lançamento do novo partido, mas não deixou de alfinetar o governo, que segundo ele o perseguiu quando lançou seu nome candidato a presidência da Casa.
Bruno Gomes presidente municipal disse que foi o evento mais do que o esperado, pela grande presença de lideranças expressivas do município,” que a partir de hoje a politica coiteense seja mais solidária, que o Solidariedade dê a voz pra quem as vezes não tenha sido representado, pessoas de grande expressão ou de pouca que tem o desejo de participar do processo democrático. Saio muito satisfeito, mas o trabalho está só começando e com fé em Deus será muito bem recebido pela população”. Finalizou.
O Solidariedade foi fundado há dois anos e tem como presidente nacional Paulo Pereira da Silva, conhecido como Paulinho da Força Sindical, tem o número 77 e a sigla (SD). Já participou das eleições de 2014 para deputado e senador, e ano que vem pela primeira vez para prefeito e vereador.
Tem planos para por o fim no Fator Previdenciário, ou sua substituição por um calculo que beneficie o trabalhador; pagamento das perdas do FGTS, para todos que receberam valores menores; correção da tabela do Imposto de Renda, para que o trabalhador pague menos impostos; combate a desindustrialização, para garantir a criação de empregos e melhoria dos salários e redução da jornada de trabalho, sem redução salarial para garantir qualidade de vida.
Redação CN * fotos: Raimundo Mascarenhas
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