Alvo da Operação Politeia, o advogado Tiago Cedraz, de 33 anos, ergueu patrimônio milionário à frente de uma banca que atua no Tribunal de Contas da União (TCU), presidido pelo pai, o valentense Aroldo Cedraz.
Em menos de três anos, Tiago fechou a compra de imóveis de quase R$ 13 milhões e, até abril, figurava como dono de um jato Cessna de dez assentos, conforme levantamento do jornal “O Estado de S. Paulo”. A maior parte dos bens foi adquirida por meio da Cedraz Administradora de Bens Próprios, criada em sociedade com a mãe, Eliana Leite Oliveira, mulher do ministro.
De acordo com o jornal, Tiago tem passe livre no TCU e grande influência entre os ministros. A atuação dele no órgão está sob suspeita desde a delação do dono da UTC, Ricardo Pessoa, na Operação Lava Jato. Ele disse ter pago R$ 1 milhão ao advogado para que um processo da empreiteira fluísse conforme seus interesses. Segundo o Ministério Público Federal, há indícios não comprovados de que o dinheiro seria repassado ao relator do caso, ministro Raimundo Carreiro.
Diante das suspeitas de tráfico de influência e corrupção, o STF autorizou buscas em imóveis de Tiago. Ambos negam as acusações. A joia mais cara do patrimônio imobiliário do advogado valentense é uma chácara de 10 mil m² no Lago Sul, em Brasília. Foi adquirida por R$ 7,2 milhões em 2013 e abrigava uma mansão de 1,5 mil m². Ainda de acordo com informações do jornal “O Estado de S. Paulo”, na Asa Sul, desde 2013 Tiago fechou a compra de dois apartamentos de 250 m² num mesmo prédio, por quase R$ 6 milhões. Um deles foi comprado pelo próprio advogado, com financiamento de cinco anos, e outro pela empresa.
A Cedraz Administradora tem capital de R$ 20 milhões e, até abril, figurava na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) como dona de um Cessna, hoje em nome de outra empresa. Tiago disse que os bens estão declarados e são “compatíveis com a atuação destacada do advogado, cujo escritório, com mais de 35 mil processos em todos os ramos do direito, é um dos mais procurados e respeitados de Brasília”.
Ele afirma que a mãe tem R$ 1 mil em cotas da Cedraz Administradora e que só figura como proprietária pela imposição legal de haver no mínimo dois sócios em uma empresa limitada.
Do Portal NS
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